Desafios das paisagens periféricas urbanas

AUTOR(ES)
FONTE

urbe, Rev. Bras. Gest. Urbana

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/12/2015

RESUMO

Resumo As regiões periféricas da cidade de São Paulo revelam uma profunda contradição em suas paisagens – por um lado, remanescentes de sua base biofísica original e, por outro, uma crescente pressão pela ocupação do território. O setor noroeste da periferia, por exemplo, possui áreas ambientalmente sensíveis que, ao mesmo tempo encontram-se sob forte pressão por ocupação por aqueles que o fazem por opção (mercado imobiliário) e aqueles que não possuem nenhuma (ocupação irregular e de alto risco). As populações pobres dessas regiões tem se organizado, de forma expressiva, para a obtenção de direitos fundamentais por meio de associações comunitárias, movimentos sociais e coletivos culturais, no recente processo de redemocratização do Brasil. E precisamente nesses espaços urbanos que são, muitas vezes precários, que em processos participativos, subjetividades tem aflorado, evidenciando uma sensibilização para as questões ambientais, com um desejo implícito por paisagens mais humanizadas. Esses processos contam, frequentemente com crianças e educadores como protagonistas. Por 13 anos o Laboratório Paisagem Arte e Cultura (LABPARC) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, tem trabalhado com os professores e estudantes das escolas públicas municipais, desenvolvendo projetos, pesquisas e trabalhos de extensão universitária, na região. Este artigo busca discutir essa experiência, apontando os ganhos alcançados, mas, também os desafios surgidos na perspectiva da construção coletiva da cidade, onde as intervenções urbanas possam vir a ser harmonizadas com suas nascentes, córregos, encostas íngremes, florestas e fauna.

ASSUNTO(S)

pedagogia da paisagem paisagens periféricas processo participativo parques públicos

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