Desafios da regulamentação ante a dinâmica concorrencial bancária: uma perspectiva pós-keynesiana

AUTOR(ES)
FONTE

Economia e Sociedade

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-08

RESUMO

O objetivo desse artigo é discutir, a partir do referencial pós-keynesiano, os desafios da regulamentação prudencial ante a dinâmica concorrencial dos bancos. Submetidos à lógica implacável da valorização da riqueza em um mundo de incerteza e irreversibilidade, essas instituições-chave do sistema de pagamento e crédito buscam contornar os limites fixados pela regulamentação e tendem a assumir riscos que ampliam sua instabilidade intrínseca. Para evitar a ocorrência de situações que os obrigue a atuar como prestamista em última instância, os bancos centrais procuram limitar o espaço da concorrência bancária mediante a regulamentação prudencial. Porém, continuamente os bancos procuram desenvolver novas práticas e instrumentos que lhes permite contornar as exigências regulatórias. Existe assim uma tensão contínua entre o processo competitivo inovador dos bancos (e de outras instituições financeiras) e a necessidade de aperfeiçoamento da regulamentação. Esse desafio tornou-se ainda maior no contexto atual de globalização e integração dos mercados e de notável avanço tecnológico que permite o desenvolvimento de novos produtos financeiros a partir de sofisticadas e complexas técnicas de engenharia financeira, cujos riscos subjacentes são de difícil avaliação.

ASSUNTO(S)

regulamentação bancária concorrência bancária inovação financeira prestamista em última instância teoria pós-keynesiana

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