Dermatoses em indivíduos infectados pelo vírus HIV com diferentes graus de imunossupressão

AUTOR(ES)
FONTE

Anais Brasileiros de Dermatologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-12

RESUMO

FUNDAMENTOS: A contagem sangüínea de linfócitos T Helper CD4+ e o número de cópias de RNA viral são marcadores laboratoriais da progressão de imunodeficiência induzida pelo vírus HIV. OBJETIVOS: Relacionar os marcadores do grau de imunidade em infectados pelo HIV aos aspectos clínicos das dermatoses neles presentes. MÉTODOS: A amostra compreendeu 172 pacientes, submetidos a quantificações de linfócitos T CD4+ e CD8+, pela técnica de citometria de fluxo; quantificações de RNA viral pela técnica de amplificação de ácidos nucléicos (Nuclisens). Foram classificados em pacientes com e sem imunossupressão acentuada, a partir da classificação clínico-laboratorial da infecção pelo HIV do CDC/1992. RESULTADOS: O percentual médio da pele atingida pelas dermatoses foi 12,5% e a média do número de dermatoses por doente foi 2,08. As dermatoses neoplásicas e do grupo miscelânia predominaram nos indivíduos com valores de linfócitos T CD4+•200 células/mm³, enquanto valores de linfócitos T CD4+>200 células/mm³ em pacientes com infestações por artrópodes. CONCLUSÃO: O número de dermatoses por doente mostrou ser marcador da evolução de imunossupressão (p=0,003). A extensão percentual da pele atingida por dermatoses não se prestou a medir gravidade das dermatoses em infectados pelo HIV (p=0,6058). As contagens de linfócitos T CD4+ e CD8+ e da carga viral foram eficientes medidores do grau de imunossupressão dos infectados com dermatoses (p=0,003).

ASSUNTO(S)

alergia e imunologia dermatopatias síndrome de imunodeficiência adquirida

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