Depressão pós-parto em Recife - Brasil: prevalência e associação com fatores biossociodemográficos

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

OBJETIVO: Utilizar uma entrevista clínica semiestruturada para a detecção de depressão em mulheres puérperas, de acordo com os critérios do DSM em serviços de puericultura da cidade do Recife, juntamente com uma apropriada associação entre esse transtorno e dados biossociodemográficos. MÉTODOS: O estudo utilizou um corte transversal e teve uma amostra de conveniência de 400 mulheres que levavam seus bebês para ambulatórios de puericultura e que estavam entre 2 e 26 semanas de pós-parto. Um questionário biossociodemográfico e a versão em português do Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders foram utilizados. RESULTADOS: Vinte e nove das mães (7,2%) foram diagnosticadas como tendo depressão pós-parto. Mulheres com história pregressa de transtornos mentais, história familiar de transtornos mentais e com alguma complicação médica geral apresentaram prevalência maior de depressão. O mesmo ocorreu com aquelas com história anterior de abortamento espontâneo, aquelas que haviam tido parto transpelviano e aquelas que estavam com mais de 8 semanas de puerpério. CONCLUSÃO: A taxa de depressão pós-parto na nossa amostra, 7,2%, foi menor do que aquelas relatadas em outros estudos brasileiros. Isso provavelmente ocorreu porque os outros pesquisadores utilizaram instrumentos de triagem para depressão em vez de entrevistas clínicas.

ASSUNTO(S)

depressão pós-parto prevalência fatores de risco brasil

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