Depressão induzida por interferon em pacientes com hepatite C: um estudo epidemiológico
AUTOR(ES)
Medeiros, Lucas Pereira Jorge de, Kayo, Monica, Medeiros, Renata Barboza Vianna, Lima, Mario Barreto Correa, Mello, Carlos Eduardo Brandão Mello
FONTE
Rev. Assoc. Med. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-02
RESUMO
Objetivo Avaliar a incidência e a gravidade de sintomas depressivos em diferentes intervalos (12, 24 e 48 semanas) em pacientes brasileiros com HCV tratados com PEG IFN mais ribavirina. Métodos Foi feito um estudo prospectivo observacional, usando o Inventário de Depressão de Beck (BDI) e a Escala de Rastreamento Populacional de Depressão (CES-D). Resultados Foram incluídos 50 pacientes. As avaliações com ambas as escalas mostraram os maiores escores de depressão na 24a semana de tratamento; o escore BDI médio antes do tratamento foi de 6,5 ± 5,3 e o CES-D foi 10,9 ± 7,8. Após 24 semanas, o BDI médio foi 16,1± 10,2 e o CES-D foi 18,6 ± 13,0; de acordo com os escores combinados BDI e CES-D, 46% receberam diagnóstico de depressão. As subescalas somática e psicomotora tiveram alta correlação. Indivíduos com história de abuso de substâncias e de álcool apresentaram maior risco de desenvolver depressão por PEG IFN. Conclusão O tratamento com PEG IFN associou-se a uma alta incidência de sintomas depressivos nessa população de pacientes brasileiros, de acordo com a BDI e CES-D. Abuso de álcool e substâncias aumentam o risco de depressão induzida por PEG IFN.
ASSUNTO(S)
hcv interferon peguilado alfa-2b interferon alfa depressão hepatite
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