Depressão e ansiedade maternal e crescimento fetal-neonatal

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-10

RESUMO

Resumo Objetivo: Foi constatado que a depressão e ansiedade materna afetam negativamente o crescimento fetal e neonatal. Contudo, o efeito independente da depressão e ansiedade materna sobre os resultados e as trajetórias de crescimento fetal e neonatal continua incerto. Este estudo visou a analisar simultaneamente o efeito da depressão e ansiedade materna pré-natal (1) sobre os resultados de crescimento neonatal e (2) sobre as trajetórias do crescimento fetal-neonatal a partir do 2° trimestre de gravidez até o parto. Métodos: Uma amostra de 172 mulheres foi recrutada e elas relataram graus de depressão e ansiedade no 2° e 3° trimestre de gravidez e parto. Os dados biométricos fetais e neonatais foram coletados dos prontuários clínicos nas mesmas ondas de avaliação. Resultados: Os neonatos de mães ansiosas no período pré-natal mostraram menor peso (p = 0,006), comprimento (p = 0,025) e índice ponderal (p = 0,049) no nascimento do que os neonatos de mães não ansiosas no período pré-natal. Além disso, os neonatos de mães muito ansiosas mostraram um menor aumento de peso do 2° trimestre de gravidez até o parto que os fetos-neonatos de mães pouco ansiosas (p < 0,001). Considerando simultaneamente a depressão e a ansiedade maternal, apenas o efeito da ansiedade materna foi constatado nesses marcadores de resultados e trajetórias de crescimento fetal-neonatal. Conclusão: Este estudo demonstra o efeito longitudinal independente da ansiedade materna sobre os principais marcadores de resultados e trajetórias de crescimento fetal-neonatal, considerando simultaneamente o efeito da depressão e ansiedade materna.

ASSUNTO(S)

depressão maternal ansiedade maternal resultados de crescimento fetal e neonatal trajetórias de crescimento fetal e neonatal

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