Dependência do tabaco entre a população psiquiátrica e a população geral

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Latino-Am. Enfermagem

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/12/2017

RESUMO

RESUMO Objetivo: estimar o grau de dependência do tabaco, identificando os fatores independentes associados e comparando a população psiquiátrica dos níveis secundário e terciário de atenção à saúde com a população geral da rede básica de saúde. Método: estudo epidemiológico de corte transversal, em um município paulista, com 134 fumantes do Ambulatório de Saúde Mental, do Hospital Psiquiátrico e de uma Unidade Básica de Saúde. Foram realizadas entrevistas individuais, com registro das respostas em dispositivo móvel e o tratamento estatístico no Stata/12. Resultados: dos 134 participantes, 54,5% eram mulheres. Enquanto 49,1% da população psiquiátrica tinha média/elevada dependência do tabaco, 58,3% dos fumantes da população geral tinha dependência muito baixa/baixa. No modelo de regressão de Poisson, foi indicada maior prevalência de fumantes com dependência elevada entre os homens (Razão de Prevalência-RP de 1,41), pessoas com até 49 anos de idade (de 15 a 29 anos, RP=4,06; de 30 a 39 anos, RP=2,96; de 40 a 49 anos, RP=1,84), com transtornos mentais graves (RP=3,05), transtornos ansiosos/outros (RP=3,98) e com risco alto de suicídio (RP=1,55). Conclusão: a dependência do tabaco foi maior entre a população psiquiátrica que entre a população geral. Os fatores independentes associados à intensa dependência foram sexo, grupo etário, diagnóstico e risco atual de suicídio. A reflexão decorrente desses resultados contribui para que a enfermagem dê maior atenção ao tema, o qual é negligenciado nos serviços de saúde mental.

ASSUNTO(S)

uso de tabaco tabagismo epidemiologia estudos transversais saúde mental enfermagem psiquiátrica

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