Densidade e diversidade de fungos filamentosos na água e sedimento da Baía do Araçá, São Sebastião (SP), Brasil
AUTOR(ES)
Doi, Sonia Assami, Pinto, Aline Bartelochi, Canali, Maria Carolina, Polezel, Daiane Raquel, Chinellato, Roberta Alves Merguizo, Oliveira, Ana Julia Fernandes Cardoso de
FONTE
Biota Neotrop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
01/02/2018
RESUMO
Resumo A Baía do Araçá, localizada no município de São Sebastião (SP), é uma região protegida, de grande complexidade, mantendo o último remanescente preservado de manguezal entre Bertioga e Ubatuba, litoral Norte do Estado de São Paulo. Manguezal caracteriza-se com propriedades físico-químicas específicas e abriga grande diversidade de seres vivos, entre eles os fungos. Estes microrganismos apresentam grande variedade de espécies e diferentes características morfofisiológicas com capacidade de produzir algumas enzimas de importância biotecnológica. Este trabalho teve como objetivo quantificar, isolar e identificar fungos filamentosos em amostras de água e de sedimento do manguezal da Baía do Araçá, São Sebastião, (SP). Foram realizadas 2 coletas no verão e 2 no inverno na região entremarés, medidos “in situ” os parâmetros oxigênio dissolvido (OD), temperatura, salinidade e pH. Utilizou-se a Técnica “Spread Plate” para inocular os materiais coletados, em placas com meio Potato Dextrose Agar (PDA). Foram isoladas 208 colônias (68 das amostras de água e 140 das amostras de sedimento) e identificadas pelas características morfofisiológicas. As densidades de fungos filamentosos foram maiores no sedimento em relação à água e nas coletas realizadas no inverno demonstraram maiores densidades do que no verão. Apesar de alguns parâmetros ambientais não se apresentarem ideais para o desenvolvimento dos fungos, observou-se alta quantidade de crescimento nas amostragens. Analisando as colônias isoladas, a maior diversidade e riqueza foram observadas na amostragem coletado no verão. Foram observados os gêneros Aspergillus sp, Penicillium sp, Cladosporium sp e Fusarium sp em todas as amostragens, dos quais as espécies Aspergillus fumigatus, A. terreus, Penicillium citrinum e P. chrysogenum identificados neste trabalho são considerados patogênicos mas também são espécies capazes de produzir enzimas aplicáveis em diversas atividades. A comunidade fúngica descrita apresenta a diversidade encontrada neste manguezal em relação à variedade ambiental no período estudado, sendo que muitos apresentam patogenicidade e podem ser uteis pela sua capacidade de produzir enzimas específicas aplicáveis nos estudos biotecnológicos e farmacêuticos.
ASSUNTO(S)
manguezal parâmetros ambientais micologia
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