DEMOGRAFIA DO COMPONENTE ARBÓREO EM UMA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA ALTO-MONTANA SUJEITA A PERTURBAÇÕES ANTRÓPICAS CRÔNICAS

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Árvore

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/02/2018

RESUMO

RESUMO O objetivo do presente trabalho foi compreender a dinâmica de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana, no município de Painel, em Santa Catarina, onde perturbações de baixa intensidade, porém crônicas, tais como pastoreio extensivo e exploração de produtos não-madeireiros, são práticas comuns. Em 2008, foram instaladas parcelas permanentes, onde foram mensurados todos os indivíduos arbóreos com circunferência a altura do peito (CAP) igual ou superior a 15,7 cm. Em 2014, foi realizado o segundo inventário da comunidade arbórea, adotando-se a mesma metodologia. Foram calculadas as taxas de mortalidade, recrutamento e ganho e perda em área basal. Os indivíduos inventariados foram classificados em guildas de regeneração e foram realizados testes de proporção a fim de verificar a associação entre os padrões de dinâmica e as guildas. Para a comunidade, as taxas médias de mortalidade e recrutamento foram de 2,3%.ano-1 e 2,2%.ano-1, respectivamente, e as taxas médias de ganho e perda em área basal foram de 3,0%.ano-e 1,8%.ano-1, respectivamente. Ocorreu a redução de espécies, passando de 55 para 48. As guildas de regeneração apresentaram diferentes padrões de dinâmica, com as pioneiras com maior proporção de mortalidade (19,9%) e recrutamento (15,6%) e com redução da representatividade do grupo de clímax tolerante à sombra. Desta forma, observou-se um empobrecimento florístico e maior redução na representatividade de espécies tardias. Conclui-se que na área de estudo, apesar das perturbações não resultarem em uma degradação estrutural, essas têm o potencial de retardar o processo de sucessão e causar uma homogeneização florística.

ASSUNTO(S)

floresta com araucária mudança temporal sucessão florestal

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