Delimitação do Microcorredor Ecológico na parte sudeste da Bacia Hidrográfica do Córrego São Pedro, Juiz de Fora, MG

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo, com alto índice de desmatamento e conseqüente perda na sua diversidade biológica. A formação de corredores ológicos, através da conexão de fragmentos de remanescentes da Mata Atlântica, é uma estratégia difundida e adotada para proteção desse ecossistema e conservação das espécies ameaçadas. A Bacia Hidrográfica do Córrego de São Pedro, inserida na área de expansão urbana do Município de Juiz de Fora, é um importante manancial com relevantes elementos paisagísticos e fragmentos de Mata Atlântica que vem sofrendo impactos com o crescimento da cidade. O presente trabalho objetivou identificar as possíveis conexões entre fragmentos florestais nesta área, possibilitando a formação do microcorredor de São Pedro. A metodologia onsistiu na geração de mapas temáticos de hidrografia, uso e ocupação do solo atual e topografia, a partir de base cartográfica do IBGE articulações SF-23-X-D-IV-1, Juiz de Fora e SF-23-X-D-IV-3, Matias Barbosa e a imagem de satélite Landsat 7 TM 2000, além de fotografias aéreas da região. Foram feitas visitas de campo para atualização e verificação das informações obtidas ortograficamente. Posteriormente foi feita sobreposição das Áreas de Preservação Permanentes regulamentadas no Código Florestal Brasileiro (Lei 4771/65), visando a proposição da formação do microcorredor ecológico. Para seleção dos fragmentos florestais que poderiam ser conectados utilizou-se como critérios a área mínima de 5 hectares e formações florestais em estágio sucessional avançado. Quatro fragmentos foram selecionados somando uma área de 150 hectares. Como resultado da análise ambiental, foram propostos dois cenários alternativos para a área de estudo. O primeiro cenário retrata a proposta do microcorredor conectando esses fragmentos florestais no sentido norte-sul, alcançando a área de 555 hectares. Este cenário possibilitará o fluxo entre várias espécies da fauna silvestre, com destaque para os pequenos mamíferos existentes na região. O segundo cenário mapeia todas as APPs de curso dágua e topo de morro, conforme propõe o Código Florestal, somando 1120 hectares de áreas preservadas. Este cenário é considerado ótimo para conservação da biodiversidade. A ampliação da área florestada permitirá uma adequada estabilização entre as áreas urbanas e reservas na localidade estudada, proporcionando ganho ecológico e social. Esta proposta de modelagem espacial pode ser aplicada a outras áreas do município e região de domínio da Mata Atlântica, podendo ser adotada como política pública nos órgãos executores da gestão ambiental

ASSUNTO(S)

corredor ecológico mata altântica ecologia aplicada

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