Degradação do corante azul reativo 19 usando UV; H2O2; UV/H2O2; Fenton e foto-Fenton : aplicação em efluentes texteis

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Buscando pesquisar processos alternativos para o tratamento de efluentes têxteis, cuja problemática se deve principalmente à presença de corantes de difícil remoção, este trabalho estudou a degradação de um corante têxtil, o Azul Reativo 19 (R-19), através dos seguintes processos: fotólise (UV), oxidação por peróxido de hidrogênio (H2O2), radiação ultravioleta combinada com peróxido de hidrogênio (H2O2/UV), Fenton (H2O2/Fe2+), e foto-Fenton (H2O2/Fe2+/UV). Estudou-se também a aplicação de foto-Fenton a um efluente têxtil bruto e a um efluente têxtil pré-tratado biologicamente por sistema de Iodos ativados. Soluções de 8,8 L do corante ou efluente têxtil foram submetidas aos tratamentos propostos utilizando-se um reator comercial com lâmpada de luz ultravioleta (55 W) e volume útil de 2,25 L. As soluções foram recirculadas no reator a uma vazão de 22,3 L/min durante 1 h para os ensaios de Fenton e foto-Fenton, 3 h para os ensaios com H2O2 e H2O2/UV, e 5 h para UV. Foram estudadas diferentes concentrações de peróxido de hidrogênio e do íon ferroso. Os resultados mostraram que pela utilização de H2O2 ou UV separadamente não foi possível obter degradação do corante R-19, nas dosagens de corante, H2O2 e UV estudadas. O processo H2O2/UV mostrou-se eficaz, porém lento, observando-se, após 3 horas de reação, total degradação do corante para concentração de H2O2 de 500 mg/L, quando se obteve também 91,1 % de redução de COD. No processo Fenton, observou-se a formação de um patamar de máxima redução de COD, além do qual não era possível oxidação adicional, tendo-se obtido, no máximo, 35,8% de redução de COD. As reduções de cor (AOMI) e absorvância a 591 nm, todavia, levaram poucos minutos e atingiram 94,5 e 98,9%, respectivamente. Houve, neste processo, geração de precipitado. O processo foto-Fenton mostrou-se mais eficiente do que os demais processos, tendo obtido reduções máximas de COD, cor (AOMI), e absorvância a 591 nm de 94,5; 99,4 e 100%, respectivamente. Em relação ao processo Fenton, a geração de precipitado foi menor, a degradação de COD foi mais rápida, e atingiu-se a mineralização completa do corante. A aplicação de foto-Fenton no efluente têxtil bruto obteve reduções de COD, cor, DBO. e 000 de 49,7; 80,2; 19,2 e 41,8%, respectivamente. Para o efluente pré-tratado biologicamente essas reduções foram de 28,7; 70,9; 11,9 e 30,2%, respectivamente, tendo-se observado ser bastante interessante a integração de sistemas biológicos ao processo foto-Fenton, para diminuição do custo do tratamento

ASSUNTO(S)

corantes radiação ultravioleta agua oxigenada cor na industria textil processos quimicos aguas residuais

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