Degradação da vinhaça bruta com ozônio gerado eletroquimicamente

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Neste trabalho foi investigado a degradação da vinhaça com ozônio gerado num reator eletroquímico constituído de Pb/b-PbO2/Nafion117/Aço 316. A ozonização foi efetuada tanto em meio natural (pH ~ 4) como em meio básico (pH ~12). A degradação foi acompanhada através de estudos espectrofotométricos, demanda química de oxigênio (DQO) e medidas de carbono orgânico total (COT). A densidade de corrente aplicada foi de 0,15 A/cm2, resultando numa eficiência de corrente de 6,21 %, a qual produziu uma carga líquida de ozônio de 1,55 g h-1. Nestas condições, e após 10 horas de ozonização, houve uma grande descoloração da vinhaça bruta. Tanto a redução da DQO como do COT foi ligeiramente superior em meio básico. O mecanismo de oxidação da vinhaça é complexo podendo estar ocorrendo diretamente com moléculas de O3, indiretamente com radicais OH, bem como simultaneamente com a participação de ambos. Os elevados valores obtidos para o COT, confrontados com os estudos espectrofotométricos, indicam que o ozônio foi capaz de degradar partes da estrutura orgânica responsáveis pela cor da vinhaça. Entretanto, a ozonização não mineralizou uma significante fração da estrutura aromática como suportado pela absorbância remanescente na região do ultra-violeta (UV). A análise do parâmetro g (g = DQO/COT) sugere um aumento da biodegradabilidade da vinhaça. Resultados preliminares utilizando sedimentação e filtração da vinhaça degradada mostram que a simples adoção destes procedimentos reduzem os valores de quase todos os parâmetros físico-químicos da vinhaça.

ASSUNTO(S)

vinhaça ozônio eletroquímica quimica

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