Deficiência e BPC: o que muda na vida das pessoas atendidas?
AUTOR(ES)
Santos, Wederson Rufino dos
FONTE
Ciência & Saúde Coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
Este artigo tem como objetivo analisar o impacto de bem-estar provocado na vida das pessoas deficientes após o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O BPC é um benefício da assistência social e consiste na transferência incondicional e mensal de renda, equivalente a um salário mínimo, destinado também às pessoas pobres idosas acima de 65 anos. A metodologia do estudo teve técnicas qualitativas e quantitativas de coleta e análise de dados. Foram realizadas entrevistas orientadas por um questionário semi-estruturado com trinta pessoas com deficiência atendidas pelo BPC. Os principais resultados. Os principais resultados da pesquisa mostraram que: (1) o BPC se configura como mecanismo de segurança de renda, proporcionando consumo de bens básicos de alimentação, tratamentos de saúde e gastos com moradia dos deficientes e suas famílias; (2) as pessoas deficientes relacionaram a concessão do benefício com o aumento da independência social e financeira delas em relação as suas famílias, contribuindo para a ampliação das noções de autonomia e cidadania; (3) o BPC é um instrumento capaz de proteger os beneficiados e suas famílias da situação de vulnerabilidade social resultante da pobreza ou desemprego, muito embora as mães das crianças deficientes saiam do mercado de trabalho para exercer o cuidado diário dos filhos e não recebam nenhum tipo de proteção social por parte do Estado.
ASSUNTO(S)
deficiência bpc impacto de bem-estar proteção social
Documentos Relacionados
- O BPC: dos avanços na seguridade aos riscos da reforma da previdência
- Gravidez e parto: O que muda no estilo de vida das mulheres que se tornam mães?
- Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com deficiência: barreiras de acesso e lacunas intersetoriais
- O fisioterapeuta e a acessibilidade das pessoas com deficiência física
- Relações entre esferas governamentais na educação e PDE: o que muda?