Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase eritrocitária em recém-nascidos do sexo masculino e sua relação com a icterícia neonatal

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/07/2010

RESUMO

A deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) é a anormalidade enzimática hereditária mais frequente. É transmitida como caráter recessivo ligado ao cromossomo X e as principais manifestações clínicas são hemólise induzida por fármacos, icterícia neonatal e anemia hemolítica não esferocítica. O objetivo do estudo foi determinar a presença de icterícia neonatal em recém-nascidos do sexo masculino deficientes de glicose-6-fosfato desidrogenase. Foram analisadas 204 amostras de sangue umbilical de recém-nascidos do sexo masculino provenientes da Maternidade Escola Januário Cicco em Natal, Rio Grande do Norte. A deficiência da glicose-6-fosfato desidrogenase foi determinada através do método qualitativo da redução da metahemoglobina (teste de Brewer) e confirmada mediante determinação espectrofotométrica quantitativa da atividade da G6PD e pela eletroforese da enzima em acetato de celulose. Oito recém-nascidos apresentaram deficiência da G6PD, e quatro deles exibiram icterícia nas primeiras 48 horas depois do nascimento, com valores de bilirrubina maiores de 10 mg/dL. Todos os deficientes apresentaram a variante A-. Os dados encontrados confirmam a associação da deficiência da G6PD e a icterícia neonatal. Assim sendo, o diagnóstico precoce da deficiência logo após o nascimento é essencial ao controle do aparecimento da icterícia e para evitar o contato destes recém-nascidos com conhecidos agentes hemolíticos.

ASSUNTO(S)

glucosefosfato desidrogenase recém-nascido icterícia neonatal hiperbilirrubinemia

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