Decorina e Condroitim sulfato na remodelação da matriz extracelular do línquen escleroso vulvar

AUTOR(ES)
FONTE

Anais Brasileiros de Dermatologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-12

RESUMO

FUNDAMENTOS: O líquen escleroso (LS) apresenta zona de hialinização do colágeno na derme superior característica, que persiste pouco definida do ponto de vista morfológico e cujo significado permanece sem explicação. Já se pôde demonstrar que no LS há profundas modificações da matriz extracelular (MEC), com acúmulo de proteínas colagênicas e de glicosaminoglicanos sulfatados na região hialina. OBJETIVOS: Caracterizar morfologicamente a presença nessa zona de decorina e condroitim sulfato que, ao interagir com as fibrilas colágenas, entre outras proteínas matriciais, poderiam contribuir para essa peculiar apresentação da MEC. MÉTODOS: 31 casos de LS vulvar foram subdivididos segundo a gradação histológica de Hewitt e analisados por imuno-histoquímica utilizando anticorpos contra decorina e condroitim sulfato revelados pela diaminobenzidina. Esses resultados foram comparados aos do grupo controle constituído por fragmentos de retalhos cutâneos excisados durante cirurgias corretivas da região vulvoperineal. RESULTADOS: Ocorreu predomínio da decorina quando a matriz apresentava um aspecto frouxo/edematoso, e o condroitim sulfato foi mais evidente quando a MEC assumia um padrão compacto, parecendo que ambos contribuem para o aspecto hialino, porém em fases diferentes da patogenia dessa doença. CONCLUSÕES: A seqüência observada na síntese desses proteoglicanos/glicosaminoglicanos levou à suposição de que a decorina seja um possível marcador precoce do LS vulvar e de que o condroitim sulfato possa estar relacionado à contenção da alteração matricial no nível da derme média.

ASSUNTO(S)

glicosaminoglicanos líquen escleroso e atrófico matriz extracelular proteoglicanos vulva

Documentos Relacionados