Decomposição de macrófitas aquáticas em dois reservatórios com diferentes estados tróficos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/05/2012

RESUMO

As macrófitas são essenciais para o desenvolvimento e manutenção das cadeias tróficas, para a dinâmica do carbono e ciclagem de nutrientes de sistemas aquáticos tropicais. Após senescência e morte das plantas, a decomposição dos detritos orgânicos depende muito das suas composições elementares. A temperatura, a concentração de nutrientes inorgânicos no meio, as relações estequiométricas entre os organismos decompositores e os detritos podem afetar as taxas de decomposição, embora no caso da relação estequiométrica isso nem sempre ocorra. Nesse sentido, esse estudo teve como objetivo avaliar o efeito da sazonalidade e da condição de trofia dos reservatórios de Lajes e de Vigário sobre as perdas de massa dos detritos de Salvinia auriculata, Pistia stratiotes, Eichhornia crassipes, Sagittaria montevidensis e Brachiaria subquadripara; a influência da composição elementar dos detritos sobre os coeficientes de decaimento de carbono, nitrogênio e fósforo; e as relações estequiométricas entre esses elementos durante o processo de decomposição. Ao longo de 120 dias, os detritos mais ricos em nutrientes e menos refratários (S. montevidensis e P. stratiotes) apresentaram padrão bifásico de decaimento, além dos maiores decaimentos de carbono (70 a 90%), fósforo (90 a 96%) e nitrogênio (68 a 94%). Os detritos mais pobres e refratários (S. auriculata e E. crassipes) apresentaram menores coeficientes de decaimento, com padrões monofásico e bifásico e as menores perdas de massa em base de carbono (20 a 34%), de fósforo (26%) e de nitrogênio (10 a 37%). Quanto à diferença entre os ambientes, a perda de massa total de carbono foi até 70% maior no período das chuvas (set/10 a jan/11) e 27% maior no período seco (mai/11 a set/11) para detritos de S. auriculata incubados no reservatório de Vigário; para os detritos de B. subquadripara a perda de massa total também foi maior neste reservatório, chegando a 58% no período das chuvas e 36% no período seco. As menores diferenças entre os ambientes ocorreram na perda de massa de carbono dos detritos de S. montevidensis , (ca. 1,3% nas chuvas e 0,3% na seca) e de P. stratiotes (ca. 5,3% nas chuvas e 5,5% na seca) .Contudo, esses detritos apresentaram as maiores perdas de fósforo (90 a 95%) e de nitrogênio (68 a 94%) nos dois experimentos. A razão entre carbono e nitrogênio foi mais alta nos detritos de S. auriculata e E. crassipes, no ambiente oligotrófico, e mais baixa nos detritos de S. montevidensis e P. stratiotes, cujos coeficientes de perda de massa (k) foram maiores.

ASSUNTO(S)

ecologia aquática perda de massa modelo exponencial duplo estequiometria lajes, reservatório de (rj) vigário, reservatório de (rj) salvinia pistia eichhornia sagittaria brachiaria reservatório tropical ecologia salvinia pistia eichhornia sagittaria brachiaria stoichiometry mass loss lajes reservoir vigário reservoir tropical reservoir

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