Decolonialidade e interseccionalidade emancipadora: a organização política das trabalhadoras domésticas no Brasil
AUTOR(ES)
Bernardino-Costa, Joaze
FONTE
Soc. estado.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-04
RESUMO
No momento em que se discute a ampliação de direitos das trabalhadoras domésticas no Brasil, este artigo traz para o centro das discussões o protagonismo das organizações políticas das trabalhadoras domésticas. Baseado em entrevistas realizadas com trabalhadoras domésticas, o artigo busca compreender as razões das desigualdades sociais que incidem sobre esta categoria profissional. Para tanto, argumenta-se que a colonialidade do poder e a interseccionalidade de gênero, classe e raça são fatores estruturais e dinâmicos capazes de explicar tal fenômeno. Por outro lado, argumenta-se também que as trabalhadoras domésticas, ao longo da história, têm articulado um movimento social em diálogo com os movimentos negros, sindicais e feministas e outros atores sociais que permite apresentarem um projeto decolonial. A este diálogo e articulação com movimentos classista-sindicais, movimentos negros e movimentos feminista dá-se o nome de interseccionalidade emancipadora. O artigo conclui constatando que a cada avanço legal desta categoria profissional o movimento político organizado das trabalhadoras doméstica tem estado presente.
ASSUNTO(S)
trabalho doméstico colonialidade interseccionalidade classe raça gênero
Documentos Relacionados
- Controle de vida, interseccionalidade e política de empoderamento: as organizações políticas das trabalhadoras domésticas no Brasil
- Sindicatos das trabalhadoras domésticas no Brasil: teorias da descolonização e saberes subalternos
- Sindicatos das trabalhadoras domésticas no Brasil: teorias da descolonização e saberes subalternos
- Educación para la transición emancipadora: justicia social y ciudadanía global
- Educação repressiva e educação emancipadora: notas acerca da personalidade autoritária e seus desdobramentos na educação