Declínio cognitivo e uso de medicamentos na população de idosos institucionalizados de uma cidade do interior de Minas Gerais, Brasil

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FONTE

Cadernos Saúde Coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Introdução Idosos institucionalizados possuem maiores riscos para a prescrição de cinco ou mais medicamentos, ou polifarmácia, e, por consequência, de eventos adversos, por apresentarem problemas de saúde limitantes, fragilidade e baixa funcionalidade. Esse risco é ainda maior quanto maior o declínio cognitivo. Objetivo Determinar a prevalência de declínio cognitivo (DC) e a relação com o uso de medicamentos em idosos institucionalizados. Método Estudo transversal descritivo realizado por análise de prontuários dos idosos institucionalizados portadores ou não de DC, conforme resultados de testes validados. Foram levantados os medicamentos utilizados e os medicamentos potencialmente inadequados (MPI) por meio dos Critérios de Beers (2015). Resultados Foram avaliados 88 idosos, com idade média de 77,6 (9,2) anos. A prevalência de DC foi de 75%, sendo maior no sexo feminino (82,5%, p = 0,01) e em idosos acima de 80 anos (85%, p = 0,04). Antieméticos e inibidores de bomba de prótons foram significativamente mais utilizados nos idosos com DC. A prevalência de polifarmácia foi de 69,3%, e 71 idosos (80,68%) utilizavam pelo menos um MPI, com maior prevalência do uso de MPI na faixa etária de 60 a 79 anos (p = 0,004). Os idosos que utilizavam pelo menos um MPI também usavam maior número de medicamentos (p = 0,014). Conclusão A presença de DC teve relação com a maior utilização de antieméticos e inibidores de bomba de prótons, mas não com o maior uso de MPI. Além disso, foi observada elevada prevalência de polifarmácia e MPI em prescrições dos idosos institucionalizados.

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