Dançar sobre ruínas: a potência política da dança de Marta Soares
AUTOR(ES)
Talita Alcalá Vinagre
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
24/10/2012
RESUMO
Existe uma potência política da dança? Sobre este questionamento se desenvolve a presente pesquisa. Entrecruzar corpo, dança e política demandou, no entanto, assinalar como a política se exerce de diferentes maneiras. A aproximação aos traçados compositivos da bailarina Marta Soares propiciou situar aqui a dança em sua potência política. Algumas linhas de força que atravessam sua prática de dança foram tomadas a partir de uma relação com a política que extravasa a relação tradicional com a lei, com a instituição e com o contrato, tal como se constitui em torno do problema do Soberano. A potência da dança foi tomada como uma abertura do corpo. Abertura aos contágios múltiplos que o arrastam para fora dos territórios conhecidos pelo Sujeito. A dança de Marta Soares ao problematizar o corpo eficiente e o movimento virtuoso de algumas técnicas de dança propiciou tencionar, nesta pesquisa as práticas de participação política e democrática que se imobilizam no Estado. O estudo de algumas linhas que compõem o campo estético dessa bailarina pretende ressaltar e afirmar o movimento não mais como deslocamento do corpo no espaço como no sentido tradicional de uma coreografia -, mas, sobretudo, o movimento como maneira de compor arte e vida. Dançar sinaliza então para uma prática de corpo e de pensamento inauditas, em uma composição com novos modos de vida, mais livres e exuberantes e que fazem do corpo, mais uma passagem do que um ponto de partida ou de chegada para o movimento
ASSUNTO(S)
ciencias sociais aplicadas dança micropolítica marta soares programa municipal de fomento à dança dance micro-politics
ACESSO AO ARTIGO
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