Da trama familiar à escuta do sujeito na clínica psicanalítica da adolescência

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Esta dissertação focaliza a clínica da adolescência a partir de prática por mim conduzida em uma instituição pública, o Centro de Referência da Infância e Adolescência CRIA. À semelhança da atividade clínica com adolescentes empreendida em outros settings, em tal prática, muitos discursos rodam o clínico. Pais, professores, conselheiros tutelares e pareceres médicos são as vozes costumeiras que fazem parte da busca de atendimento aos adolescentes, bem como do desenrolar do próprio atendimento. Seja em coro ou individualmente, estas vozes demandam uma solução para as manifestações do adolescente. Frente a tal emaranhado, cabe ao clínico escutar o que o adolescente tem a dizer sobre o que dizem dele. Assim, o desafio enfrentado pelo profissional diz respeito à falta de clareza na demarcação de quem é o portador do sofrimento. Nesta dissertação, foi assumida a postura de que a crise do adolescente está atrelada a um intenso trabalho psíquico operado pelo adolescente para fazer a passagem da família para o laço social. Este trabalho psíquico é muitas vezes impedido por uma solução de compromisso formada entre pais e filhos, que mereceu a nossa atenção. O trabalho analítico favorece o surgimento de uma crise que é diferente daquela enunciada pelos pais, quando o adolescente faz um questionamento da posição ocupada diante de seus Outros primordias. Tal trabalho aponta para uma reformulação da posição assumida na infância. Ancorada na psicopatologia fundamental e na psicanálise, a dissertação tem como eixo condutor as produções freudianas acerca da puberdade, bem como a contribuição de autores mais contemporâneos que abordam a adolescência

ASSUNTO(S)

psicologia pais e filhos psicanalise do adolescente crisis trama familiar adolescence psychoanalysis adolescencia family grid psicanálise

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