Da solidão do deserto ao caos das trevas exteriores: ascese e invenção em Paulo Leminski

AUTOR(ES)
FONTE

Alea

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-08

RESUMO

RESUMO A partir de meados da década de 1970, o poeta Paulo Leminski escreve alguns ensaios manifestando sua preocupação com o problema do esgotamento dos “recursos naturais”, a iminente catástrofe ambiental, a possível hecatombe nuclear, e com a consequente crise dos modos de vida dominantes no mundo moderno-ocidental. Leminski se dedica, sobretudo, a investigar o modo como a literatura participa desse momento histórico de escassez. Buscando pensar o lugar da arte nessa crise, ele recorre a uma série de personagens conceituais e históricos que, sob o signo da ascese, se contrapõem à cultura da afluência, ao ativismo e à teleologia progressista, que caracterizam a sociedade brasileira da década de 1970, e seu correlato artístico: as literaturas engajadas, tanto nas suas versões experimentais como nas ideológicas. Esse artigo busca pensar que tipo de experiência do tempo está em jogo nessa ascese poética leminskiana.

ASSUNTO(S)

paulo leminski literatura tempo catástrofe ambiental

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