Da resistência à desobediência: Augusto Boal e a I Feira Paulista de Opinião (1968)
AUTOR(ES)
Garcia, Miliandre
FONTE
Varia hist.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-08
RESUMO
Resumo Em 1968, Augusto Boal dirigiu a I Feira Paulista de Opinião, mobilizando artistas de teatro, música, poesia, cinema, fotografia e artes plásticas. A peça sofreu a censura prévia do Serviço de Censura de Diversões Públicas (SCDP), que lhe aplicou dezenas de cortes que afetariam drasticamente o entendimento pelo público. Muitos dos participantes da Feira - sobretudo o núcleo ligado ao Teatro de Arena de São Paulo ou inspirado por ele - passaram a incorporar diferentes estratégias de ação política em evidência no âmbito nacional e internacional, como desobediência civil, e propor alternativas de resistência político-cultural, como ações judiciais. As conquistas estético-políticas, em maturação desde o final da década de 1950, não foram completamente abolidas, mas foram instrumentalizadas em busca de eficácia política, passado o golpe de 1964. Este artigo analisa pormenores desse evento artístico-cultural, sua relação com a censura teatral e a configuração de espaços alternativos de resistência cultural.
ASSUNTO(S)
teatro censura resistência cultural
Documentos Relacionados
- Imagem performativa, ação direta, desobediência: um cinema de ocupação
- O teatro de Augusto Boal e a educação profissional em saúde
- Práticas de tortura narradas em Torquemada (1971), de Augusto Boal
- Fotojornalismo e regime militar : a cobertura fotojornalística de temas polêmicos em dois jornais do Paraná (1968)
- A crise dos paradigmas no cinema brasileiro: o caso Deus e o diabo na terra do sol (1964) e Bandido da luz vermelha (1968)