Da percepção à ação : ativismo da ruralidade metropolitana frente a processos conflituosos / From the perception to the action : the activism of metropolitan rurality in the face of conflicts
AUTOR(ES)
Ariane da Silva Favareto
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
25/02/2010
RESUMO
A Região Metropolitana de Campinas é reconhecida como um importante centro econômico e industrial nos cenários estadual e nacional. O crescimento desordenado das cidades que a compõem, em especial o município sede, leva a ocupação de áreas rurais em detrimento de sua riqueza social, cultural, econômica e ambiental, fazendo com que suas populações se mobilizem no intuito de construir alternativas para mitigar os efeitos da alteração de uso e ocupação do solo em suas comunidades. Este estudo é dedicado a este tema, onde procuramos identificar os fatores que levam os agentes sociais presentes em dois bairros - Friburgo e Pedra Branca - a empreender determinada ação coletiva frente à regulação dos conflitos circunscritos nesta problemática. Do ponto de vista teórico, a análise recai sobre as explicações acerca da democracia e participação social. De acordo com a literatura, o sucesso dos espaços participativos enquanto mediadores de conflitos estaria no desenho das instituições e no empoderamento dos agentes que deles participam. Ocorre que a maneira distinta como estas instituições são acessadas trazem um novo questionamento: por que alguns grupos sociais se apoiam em espaços participativos para encaminhamento dos conflitos e outros não? A hipótese que orientou esta pesquisa consiste na afirmação de que a ação coletiva e, portanto, o uso de instituições participativas, é tributária de três componentes: a trajetória das lideranças, que permite compreender as formas de percepção, classificação e encaminhamento dos conflitos; as redes, que permitem compreender os recursos e alianças mobilizadas; e o Estado, que leva à compreensão da abertura institucional a que os conflitos sejam encaminhados via estes espaços participativos. Empiricamente, isto significa dizer que a utilização de institucionalidades que se dediquem à regulação de conflitos e processos de desenvolvimento, como os conselhos gestores, por exemplo, deverão, antes, se preocupar em lidar afirmativamente com as desigualdades, em vez de pressupor uma homogeneidade nos impulsos e estímulos ao uso destes espaços para o encaminhamento dos conflitos. Por aí seria possível elevar a eficiência das instituições na regulação destes conflitos e, em última análise, do próprio processo democrático
ASSUNTO(S)
participação social estrutura social social participation social organization metropolitan region of campinas
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000771104Documentos Relacionados
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