Da exclusão à inclusão social: trajetórias de ex-prisioneiros de Mecklenburg-Schwerin no Rio Grande de São Pedro Oitocentista

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/04/2010

RESUMO

A presença de mecklenburgueses nas Colônias Alemãs do Rio Grande do Sul/Brasil gerou controvérsias na historiografia. Os mais conservadores admitem que os mecklenburgueses chegaram antes de 1824, estabeleceram-se em Santa Catarina ou desapareceram devido a sua conduta imoral, sem de fato analisar o movimento de seus agentes. Com base nessa premissa, a presente pesquisa dedica-se a estudar a composição, a condição social e as estratégias de um grupo de emigrantes provenientes das Casas de Correção, Trabalho e Penitenciárias do Grão-Ducado de Mecklenburg-Schwerin, estabelecidos no Rio Grande do Sul, a partir da primeira metade do século XIX. Além disso, pretende, a partir da genealogia de algumas famílias de ex-prisioneiros, estabelecidos em São Leopoldo, Três Forquilhas ou São João das Missões, a partir de 1824, sob o qualificativo de colonos, enfocar o estabelecimento de laços familiares e a constituição de redes de parentesco. Trataremos especialmente as relações que se firmaram através das estratégias matrimoniais e do compadrio, objetivando ressaltar a importância dessas estratégias, não só como forma de sociabilidade, mas como uma oportunidade de inserção na comunidade local. Utilizaremos como fonte primária dois corpi documentais distintos: um refere-se à documentação sob tutela do Núcleo de Estudos Teuto-Brasileiros da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, relativa à emigração de delinquentes de Mecklenburg-Schwerin para o Brasil, nos anos de 1824 e 1825; o outro compõe-se de fontes eclesiásticas, fontes criminais e fontes judiciais das comunidades, nas quais mecklenburgueses se fixaram.

ASSUNTO(S)

mecklenburg-schwerin imigração emigração inserção social auswanderung einwanderung soziale eingliederung historia

Documentos Relacionados