Custos diretos e indiretos do tratamento de pacientes com espondilite anquilosante pelo sistema público de saúde brasileiro

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Reumatol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-04

RESUMO

RESUMO Introdução: Os pacientes com espondilite anquilosante (EA) exigem uma abordagem de equipe com vários profissionais e várias modalidades de tratamento, continuamente; além disso, a doença pode levar à perda da capacidade de trabalho em uma população jovem, de modo que é necessário medir o seu impacto socioeconômico. Objetivos: Descrever o uso de recursos públicos para o tratamento da EA em um hospital terciário após o uso dos fármacos biológicos ter sido aprovado para o tratamento das espondiloartrites pelo Sistema Público de Saúde e estabelecer valores aproximados para os custos diretos e indiretos do tratamento dessa doença no Brasil. Material e métodos: Foram estimados os custos de tratamento diretos e indiretos de 93 pacientes com EA do ambulatório de espondiloartrite do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, entre setembro de 2011 e setembro 2012. Resultados: Dos pacientes, 70 (75,28%) eram do sexo masculino e 23 (24,72%) do feminino. A idade média foi de 43,95 anos. A duração da doença foi calculada com base na idade do diagnóstico e a média foi de 8,92 anos (desvio padrão: 7,32); 63,44% dos indivíduos usavam fármacos anti-TNF. Na comparação dos pacientes dos sexos masculino e feminino, a média no Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index (Basdai) foi de 4,64 e 5,49, enquanto a média no Bath Ankylosing Spondylitis Functional Index (Basfi) foi de 5,03 e 6,35, respectivamente. Conclusões: Os gastos do sistema público de saúde brasileiro relacionados com a espondilite anquilosante aumentaram nos últimos anos. Uma parte importante desses custos deve-se à introdução das novas tecnologias de saúde, mais dispendiosas, como no caso da ressonância nuclear magnética e, principalmente, da incorporação da terapia anti-TNF ao arsenal terapêutico. O custo médio anual direto e indireto do sistema público de saúde brasileiro para tratar de um paciente com espondilite anquilosante, de acordo com os resultados deste estudo, é de US$ 23.183,56.

ASSUNTO(S)

espondilite anquilosante custos indiretos farmacoeconomia qualidade de vida custos diretos

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