Custódio Joaquim de Almeida (1831? - 1935) : um Príncipe Africano em Porto Alegre que rezava, curava e treinava cavalos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A proposta deste trabalho consiste em analisar de que forma, quando e com quais objetivos, Custódio Joaquim de Almeida foi reivindicado, tornou-se folclórico e objeto de contestações ao longo do tempo. O auto-declarado ”Príncipe Africano” aparece como figura incomum, imponente e exuberante, em uma sociedade confrontada com a realidade do pósabolição, em processo de modernização e, em maior ou menor medida, influenciada pela ideologia positivista forjada no Rio Grande do Sul. Para executar a pesquisa foram cotejadas produções acadêmicas, uma narrativa biográfica e periódicos com registros de 1935 e no intervalo de 1977 a 1993. Ao longo do trabalho são indicadas as apropriações feitas da figura de Custódio, identificadas como múltiplas no tempo e imiscuídas entre os campos religioso e político. Também foi constatado que conscientemente ou não, os diferentes capitais que dispunha possibilitaram que tivesse circulado em mais de um segmento, sendo respeitado pelos que se encontravam em posições diametralmente opostas no espaço social.

ASSUNTO(S)

abolição da escravatura almeida, custódio joaquim de, príncipe de ajudá, 1831?-1935, almeida, josé custódio joaquim de porto alegre (rs)

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