Custo-efetividade de Estatinas em Dose Alta, Moderada e Baixa na Prevenção de Eventos Vasculares no SUS
AUTOR(ES)
Ribeiro, Rodrigo Antonini, Duncan, Bruce Bartholow, Ziegelmann, Patricia Klarmann, Stella, Steffan Frosi, Vieira, Jose Luiz da Costa, Restelatto, Luciane Maria Fabian, Polanczyk, Carisi Anne
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
18/11/2014
RESUMO
Fundamento:Estatinas tem eficácia comprovada na redução de eventos cardiovasculares, mas o impacto financeiro de seu uso disseminado pode ser substancial.Objetivo:Conduzir análise de custo-efetividade de três esquemas de doses de estatinas na perspectiva do SUS.Métodos:Foi desenvolvido modelo de Markov para avaliar a razão de custo-efetividade incremental (RCEI) de regimes de dose baixa, intermediária e alta, em prevenção secundária e quatro cenários de prevenção primária (risco em 10 anos de 5%, 10%, 15% e 20%). Regimes com redução de LDL abaixo de 30% (ex: sinvastatina 10mg) foram considerados dose baixa; entre 30-40% (atorvastatina 10mg, sinvastatina 40mg), dose intermediária; e acima de 40% (atorvastatina 20-80 mg, rosuvastatina 20 mg), dose alta. Dados de efetividade foram obtidos de revisão sistemática com aproximadamente 136.000 pacientes. Dados nacionais foram usados para estimar utilidades e custos (expressos em dólares internacionais - Int$). Um limiar de disposição a pagar (LDP) igual ao produto interno bruto per capita nacional (aproximadamente Int$11.770) foi utilizado.Resultados:A dose baixa foi dominada por extensão nos cenários de prevenção primária. Nos cinco cenários, a RCEI da dose intermediária ficou abaixo de Int$10.000 por QALY. A RCEI de dose alta ficou acima de Int$27.000 por QALY em todos os cenários. Nas curvas de aceitabilidade de custo-efetividade, dose intermediária teve probabilidade de ser custo-efetiva acima de 50% com RCEIs entre Int$9.000-20.000 por QALY em todos os cenários.Conclusões:Considerando um LDP razoável, uso de estatinas em doses intermediárias é economicamente atrativo, e deveria ser intervenção prioritária na redução de eventos cardiovasculares no Brasil.
ASSUNTO(S)
inibidores da hidroximetilglutaril-co redutases doenças cardiovasculares prevenção análise de custo-benefício sistema Único de saúde
Documentos Relacionados
- Custo-efetividade do Stent Farmacológico na Intervenção Coronariana Percutânea no SUS
- Custo, efetividade e custo-efetividade do tratamento periodontal em gestantes
- Custo-efetividade de desfibriladores implantáveis no Brasil : análise em prevenção primária no setor público
- Custo-efetividade de estratégias de prevenção contra a leishmaniose tegumentar americana na Argentina
- Contradições e o limiar de custo-efetividade