Curva de aprendizado do residente de terceiro ano em facoemulsificação

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-02

RESUMO

OBJETIVO: Analisar a curva de aprendizado dos residentes do 3º ano, com experiência prévia em microcirurgia e cirurgia intraocular, em facectomia por facoemulsificação relacionada às complicações peroperatórias e ao número de intervenções diretas do orientador. MÉTODOS: Foi realizada análise prospectiva de cirurgias de facectomia por facoemulsificação realizadas durante os três primeiros meses de treinamento do residente do 3º ano do HC FMUSP nesta técnica. Foram registradas as complicações ocorridas durante o ato operatório e a necessidade do orientador intervir diretamente na cirurgia. RESULTADOS: Foram incluídas 261 cirurgias. Destas, tiveram algum tipo de complicação peroperatória 30 cirurgias (11,54%). Complicações mais graves, com potencial para prejudicar o resultado final da cirurgia, em especial rotura de cápsula posterior e perda vítrea, tiveram um índice de 8,05% e 6,13%, respectivamente. Houve necessidade de conversão para facectomia extracapsular em 3 cirurgias e de vitrectomia posterior em 2 casos. O orientador interveio diretamente na cirurgia em 11 ocasiões (4,22%), concentradas em sua grande maioria nas 40 primeiras cirurgias. CONCLUSÃO: Com treinamento e supervisão adequados, taxas de complicações aceitáveis podem ser obtidas por residentes sênior no aprendizado da facoemulsificação. Adequada assistência é imprescindível para garantir o resultado das cirurgias especialmente na fase em que os residentes têm maiores taxas de complicação, correspondente às 40 primeiras cirurgias.

ASSUNTO(S)

extração de catarata aprendizagem capacitação em serviço procedimentos cirúrgicos oftalmológicos internato e residência

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