Cultura e cuidado: dilemas e desafios do ensino da antropologia na graduação em Saúde Coletiva

AUTOR(ES)
FONTE

Saude soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/07/2019

RESUMO

Resumo Após 10 anos de atividades na graduação em Saúde Coletiva, da mudança do perfil dos estudantes nas universidades públicas e da aprovação recente das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), cabe refletir sobre o modo como o ensino das ciências sociais e humanas em saúde (CSHS) tem sido realizado e quais são os desafios, dilemas e possibilidades existentes. Este ensaio apresenta reflexões sobre os desafios do ensino da antropologia no bacharelado em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e levanta questões sobre as DCN, apenas com a pretensão de colocar em debate o cotidiano e a prática da formação de sanitaristas. As reflexões partem da vivência nos encontros com estudantes do primeiro semestre, que demandam já de inicio compor o conjunto híbrido de saberes e práticas e se situar entre o polo reflexivo e o prático, entre o aplicado e o teórico, desenvolvendo estratégias que permitam sair do aplicado em direção ao implicado na produção do pensamento social em saúde e de suas práticas. Partem também das atividades indissociáveis entre ensino-pesquisa-extensão, trabalhadas nesses encontros em sala de aula e em territórios de aprendizagem, onde a construção do conhecimento é feita na intersubjetividade das relações, à qual ninguém chega desprovido de saberes e experiências.Abstract After 10 years of activity in the field of graduation in Public Health, changes in the profile of university students in public universities and the public inclusion policies and recent approval of curricular guidelines, it is necessary to reflect on how teaching Social and Human Sciences in Health has been accomplished in undergraduate courses, addressing the dilemmas and possibilities of existence. This essay analyzes the challenge of teaching Anthropology in the Public Health Bachelor course of the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), raising questions about the curricular guidelines putting into debate daily life and practice of forming sanitarians. The analyses depart from daily experience in classrooms with first semester students, who demand from the beginning to compose the hybrid set of knowledge and practices in order to situate themselves between the reflexive and the practical poles as well as between praxis and theory. This allows for developing strategies that move towards a posture implied in the production of social thought in health and its practices. The analyses also cover the inseparable activities of teaching, research and extension that take place in daily classes, and their different learning fields, wherein the construction of knowledge is based on the intersubjectivity of relations, thus indicating that no one becomes devoid of knowledge and experience.

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