Cultura de polícia: cultura e atitudes ocupacionais entre policiais militares em Belo Horizonte

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O presente trabalho focaliza atitudes de policiais militares atuantes na cidade de Belo Horizonte, contextualizadas dentro de sua própria cultura organizacional. No primeiro capítulo se realiza uma discussão sobre a utilização do conceito de cultura na teoria sociológica. Depois de demonstrar a polissemia do termo, definese a cultura como um processo dinâmico de elaboração de sentido para orientar e justificar posturas e ações de indivíduos concretos, cercados por regras e objetivos institucionais que devem ser interpretados. Já a cultura organizacional é definida como um conjunto limitado de mapas cognitivos apreendidos dentro da organização, utilizada como instrumental expressivo pelos indivíduos que dela participam, ao mesmo tempo em que lhes impõe certos limites à percepção e atuação. No segundo capítulo se realiza uma discussão sobre a definição de polícia e se delineia traços gerais da cultura policial. Neste capítulo também se faz um breve relato histórico sobre o surgimento da polícia no Brasil e seu desenvolvimento em Minas Gerais. No terceiro capítulo se fala sobre as duas fontes de dados utilizadas na tese: uma quantitativa e a outra qualitativa. A base quantitativa é utilizada no quarto capítulo para demonstrar como a cultura policial não é única dentro de um mesmo âmbito organizacional, apresentando divisões que não se devem a diferenças meramente individuais e subjetivas, mas a fatores que permitem a construção de tipificações. Estas, por suas vez, podem ser articuladas de maneira lógica, erigindo um quadro compreensível e empiricamente testável para interpretação da pluralidade intra-organizacional da cultura policial. Complementando o estudo, no quinto capítulo se utiliza o material qualitativo para analisar a cultura policial dentro do contexto de implementação do policiamento comunitário.

ASSUNTO(S)

tfafich 300 o48c 2007 18

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