CUIDADO CLÍNICO EM ENFERMAGEM À LUZ DA TEORIA DA ADAPTAÇÃO DE ROY NAS COMPLICAÇÕES DA HIPERTENSÃO ARTERIAL / CLINICAL NURSING CARE IN THE LIGHT OF THE THEORY OF THE ROY ADAPTATION OF COMPLICATIONS OF HYPERTENSION

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/03/2010

RESUMO

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) apresenta elevados custos para o sistema de saúde, principalmente, por sua participação nas doenças cardiovasculares. Apesar da eficácia do tratamento, é excessivo o percentual de não adesão, ocasionando o surgimento de doenças associadas. Entendendo que o surgimento de complicações da HAS é decorrente da não adaptação à doença e ao tratamento, este estudo propõe-se a desenvolver, à luz da Teoria da Adaptação de Roy e com base na Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) Versão 1, uma proposta de sistematização da assistência de enfermagem a pacientes com hipertensão e complicações associadas. Pesquisa do tipo estudo de casos múltiplos, realizada com 45 hipertensos com doenças associadas, assistidos em uma unidade de saúde, da Secretaria Executiva Regional V. Na análise dos resultados, observou-se que a maioria dos participantes da amostra é do sexo masculino (51,2%); encontra-se em uma faixa etária entre 50 e 60 anos (42,2%, média de 63 anos e desvio padrão de 3,9); 66,7% são casados; e 49,0% possuem o ensino fundamental incompleto (média de 4,3 anos de estudo e desvio padrão de 3,9). Com relação ao perfil clínico-epidemiológico, 55,5% descobriram as complicações da HAS acerca de um a seis anos (média de 5,3 anos e desvio padrão de 4,4); destes, 51,5% descobriram ao apresentar sinais e sintomas da doença. Dentre os problemas adaptativos identificados segundo o modelo teórico de Roy, o sedentarismo é o mais presente (84,4% dos indivíduos), seguido de sobrepeso/obesidade (57,8%) e distúrbios no padrão de sono (42,2%). Os 71 diagnósticos de enfermagem identificados receberam a terminologia da CIPE Versão 1.0 dentre os quais, 64,3% encontram-se no âmbito biológico. Os diagnósticos de maior prevalência são: Autocuidado Parcial (93,3%), Padrão de Exercício Diminuído (84,4%), Dentição Comprometida (82,2%), Aprendizagem Baixa (60,0%), Sobrepeso/Obesidade (57,7%), Conhecimento em Saúde Baixo (51,1%) e Não Aderência Total/Parcial ao Regime Dietético (48,8%). Para estes diagnósticos, propõem-se intervenções e resultados de enfermagem, fundamentados na CIPE. Acredita-se que o desenvolvimento do processo de enfermagem com base na Teoria da Adaptação na atenção primária à saúde é viável e propicia um cuidado de qualidade. O uso de diagnósticos, intervenções e resultados fundamentados em uma nomenclatura de enfermagem contribui significativamente para a autonomia do (a) enfermeiro (a). Entretanto, para que esta seja uma atividade notória na enfermagem, é necessário um trabalho em equipe de forma que haja continuidade, não havendo percas em tentativas individuais. PALAVRAS-CHAVE:

ASSUNTO(S)

cuidados de enfermagem hipertensão teoria de enfermagem classificação enfermagem nursing care hypertension nursing theory classification

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