Criptomoedas: tecnologia, iniciativas de bancos e de bancos centrais, desafios para a regulação

AUTOR(ES)
FONTE

Econ. soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-07

RESUMO

Resumo O artigo analisa os impactos das inovações conhecidas como distributed ledger technology (DLT) sobre o sistema monetário e sobre as atividades financeiras. As criptomoedas privadas, como o bitcoin, são meios de pagamento de acesso livre, não permissionados, baseados na tecnologia blockchain, uma forma de DLT. Surgiram avaliações de que as criptomoedas privadas poderiam concorrer com os meios de pagamento bancários e com a moeda estatal, ou mesmo suplantá-la. O desenvolvimento destas tecnologias tem potencial para alterar intensamente as práticas monetárias e financeiras, mas não há indicações de que possam ameaçar a centralidade da moeda estatal e do sistema bancário na ordem monetária contemporânea. Grandes bancos internacionais têm desenvolvido criptomoedas para sistemas de liquidação de pagamentos e de transações interbancárias, inclusive as chamadas stablecoins, emitidas também por empresas de alta tecnologia, com paridade fixa com a moeda estatal. Bancos Centrais estudam o lançamento de criptomoedas próprias que possam conviver com sua moeda fiduciária e até substituir o papel-moeda. A aplicação desta tecnologia traz novos desafios para a regulação, inclusive porque criptomoedas podem ser utilizadas para lavagem de dinheiro e crime organizado.

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