Criatividade e escola: limites e possibilidades segundo gestores e orientadores educacionais

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O mundo contemporÃneo com a globalizaÃÃo, os grandes avanÃos tecnolÃgicos, a rapidez e o acÃmulo de informaÃÃes geradas diariamente e a necessidade de assimilaÃÃo dessas informaÃÃes tem provocado transformaÃÃes em toda a sociedade. Esse momento histÃrico, no qual um incessante fluxo de mudanÃas se faz presente nos diferentes segmentos sociais, demanda pessoas capazes de lidar com elas de maneira criativa e eficiente. Assim, deparamos-nos com a valorizaÃÃo do potencial criador do homem e o crescente interesse pela criatividade nos diversos segmentos sociais. Esse potencial, inerente a todos, pode ser desenvolvido em diversos ambientes e a escola à privilegiada, por sua prÃpria natureza educativa, para desenvolvÃ-lo, levando em conta a subjetividade do indivÃduo, sua relaÃÃo com o contexto e com o outro. Diante desta realidade, objetivou-se investigar como gestores e orientadores educacionais lidam com essa questÃo no contexto escolar. A revisÃo de literatura deste estudo abrangeu conceitos de criatividade, o papel do ambiente no desenvolvimento da expressÃo criativa, o potencial criativo e a relaÃÃo gestÃo/criatividade e orientaÃÃo educacional/criatividade na escola, alÃm de teorias de criatividade. Entrevistas, semiestruturadas, foram realizadas com 10 orientadores educacionais e nove gestores de escolas pÃblicas, tendo sido os dados submetidos à anÃlise de conteÃdo. Os resultados indicaram que, embora esses profissionais admitam que a criatividade seja importante para a sociedade e para o indivÃduo e, ainda, que eles podem contribuir para o seu desenvolvimento no contexto escolar, o conhecimento que embasa sua prÃtica à basicamente oriundo do senso comum, fazendo-os agirem intuitivamente. Contudo, muito embora nÃo tenham estudado esse fenÃmeno, eles possuem noÃÃo sobre ele. Os elementos inibidores e facilitadores à expressÃo criativa, com maior nÃmero de respostas, foram os de ânatureza pessoal/pedagÃgica relacionados ao professorâ, seguidos dos elementos de ânatureza administrativaâ. Quanto aos elementos inibidores à intervenÃÃo de gestores e orientadores educacionais, no exercÃcio de suas funÃÃes, em prol do desenvolvimento da criatividade no contexto escolar, foram, tambÃm, salientados os ârelativos ao docenteâ, seguidos dos âreferentes à famÃliaâ, ao passo que, como facilitadores, houve destaque para os elementos ârelativos Ãs suas funÃÃesâ. Ressaltamos que a falta de capacitaÃÃo, formaÃÃo inicial e tradicionalismo como elementos inibidores à promoÃÃo da criatividade no contexto escolar foram apontados apenas com relaÃÃo aos professores. Esse fato denota que, na concepÃÃo dos entrevistados, esses atores, em primeira instÃncia, sÃo responsÃveis pelo desenvolvimento da criatividade, jà que nenhuma outra menÃÃo foi feita à formaÃÃo dos demais profissionais da escola.

ASSUNTO(S)

educational supervision creativity criatividade; orientaÃÃo educacional; escolas â organizaÃÃo e administraÃÃo ensino e aprendizagem na sala de aula school management gestÃo escolar

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