Criar Ilhas de Sanidade: os Estados Unidos e a Aliança para o Progresso no Brasil (1961-1966)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

A Aliança para o Progresso foi o principal programa de política externa dos Estados Unidos no início da década de 1960. Ela representou o enfrentamento do perigo comunista que teria se instalado na América Latina com a Revolução Cubana em 1959. Dada sua importância geopolítica, o Brasil foi o país latino-americano prioritário para a ação da Aliança para o Progresso. No Brasil, o foco central da preocupação do governo norte-americano foi o Nordeste. Considerado então como uma região explosiva dadas suas péssimas condições socioeconômicas e o crescimento constante da ameaça comunista. As Ilhas de Sanidade, expressão criada pelo embaixador norte-americano Lincoln Gordon, foram o locus privilegiado de atenção do governo estadunidense e da implementação dos projetos ligados à Aliança para o Progresso. As Ilhas funcionariam como um exemplo daquilo que os Estados Unidos poderiam fazer de bom não apenas pelo Nordeste e pelo Brasil, mas também por toda a América Latina. O estado do Rio Grande do Norte foi a principal Ilha de Sanidade no Nordeste brasileiro. Os resultados das ações da Aliança para o Progresso estiveram muito distantes da propagada intenção do programa de contribuir para criar governos plenamente democráticos. Durante a década de 1960, e também no início dos anos 1970, a América Latina foi varrida por uma série de golpes de Estado que estabeleceram ditaduras militares. Grande parte destes golpes de Estado, como o ocorrido no Brasil em 1964, teve significativa ajuda do governo norte-americano.

ASSUNTO(S)

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