Crescimento, mortalidade e susceptibilidade de ostras Crassostrea spp. à infecção por Perkinsus spp. em cultivo no Nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Parasitol. Vet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/11/2017

RESUMO

Resumo Crassostrea rhizophorae e C. gasar são cultivadas na região Nordeste. Parasitas Perkinsus infectam bivalves e seus efeitos em ostras de regiões tropicais são pouco compreendidos. Este estudo avaliou o impacto da infecção por Perkinsus em parâmetros de produção de ostras nativas. Ostras foram coletadas bimestralmente durante 7 meses, de julho de 2010 a fevereiro de 2011, para avaliar crescimento, mortalidade e padrão de coloração da concha (branca e cinza-escura) (n = 500); além da presença e intensidade de Perkinsus (n = 152). Perkinsus e Crassostrea foram identificados por abordagem molecular. Os resultados mostraram que as ostras cinza-escuras (90%, n = 20) e brancas (67%, n = 18) eram C. gasar e C. rhizophorae, respectivamente. As ostras mostraram uma boa taxa de crescimento e mortalidade acumulada moderada (44%). C. gasar cresceu melhor com menor mortalidade e menor incidência de Perkinsus que C. rhizophorae. A prevalência média de Perkinsus foi moderada (48%), mas a intensidade de infecção foi leve (2,2). A perkinsiose afetou ostras pequenas (19,4 mm). Em conclusão, ostras nativas, especialmente C. gasar, têm grande potencial de produção; sem mortalidade associada à perkinsiose; e, a cor da concha pode ser usada para melhorar a seleção de sementes com melhor desempenho.

ASSUNTO(S)

parâmetros de produção de ostras perkinsus marinus perkinsus beihaiensis pcr-rflp its rdna 16s mtdna

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