CRESCIMENTO DA Araucaria angustifolia REGENERADA SOB Pinus elliottii E EM POVOAMENTO HOMOGÊNEO INTERPLANTADO COM Pinus spp. / GROWTHN OF Araucaria angustifolia REGENERATED UNDER Pinus elliottii AND IN HOMOGENEOUS SETTLEMENT WITH Pinus spp. INTER-PLANTING.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Este estudo tem como objetivos de descrever e modelar o crescimento em altura da regeneração natural de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, estabelecida como sub-bosque de povoamento de Pinus elliottii Engelm., e modelar o crescimento em diâmetro e altura de araucárias oriundas de reflorestamento, e que, após liberadas, tiveram a concorrência de árvores de pinus, plantadas na entrelinha. O trabalho foi realizado na FLONA de São Francisco de Paula, Município de São Francisco de Paula - RS, coordenadas 2924 de latitude sul e 500 24 longitude oeste cujo clima é classificado como Cfb1. A obtenção dos dados de altura e diâmetro, ao longo do tempo, foi por análise completa de tronco em 18 araucárias regeneradas sob bosque de pinus, e em 6 oriundas de reflorestamento. Nestas áreas foram levantados dados de morfologia das árvores amostras e de suas concorrentes para fins de calcular os índices de concorrência. Na área experimental um, a regeneração natural de araucária foi separada em três classes de altura: Classe 1, (até 1,80m), Classe 2 (1,80m a 3,20m) e Classe 3 (acima de 3,20m), essas em árvores com e sem competição por interplantio de pinus. A equação que melhor descreveu o crescimento da altura em função da idade para a Classe de altura 1 com e sem concorrência e para a Classe 2 com concorrência foi a Quadrática sem intercepto 2 h = b1t ; para a Classe 2 sem concorrência o modelo matemático de Prodan, 2 0 1 2 2 h = t / b + b t + b t e para a Classe de altura 3 com e sem concorrência do plantio intercalar de Pinus elliottii, o modelo parabólico 2 1 2h = b t + b t . A comparação entre a regeneração natural, com e sem concorrência, dentro das classes e entre os indivíduos, foi feita pela ANACOVA, utilizando-se a equação Quadrática ( 2 1h = b t ), que também apresentou bom ajuste em todas as classes avaliadas. O crescimento em altura apresentou-se significativamente maior para plantas que nasceram livres, independente da idade considerada. Tratando-se de araucárias jovens classe de altura 1 ou de araucárias mais velhas (alturas >1,80m), o fator que determinou a paralisação ou retomada do crescimento em altura foi o efeito da competição exercida pelo povoamento adulto do pinus.. A retomada do crescimento em altura ocorreu depois do corte raso do pinus e consequente liberação da regeneração da araucária à luz. Sem esta condição, a regeneração natural de araucária, permanece como banco de plântulas, à semelhança do que ocorre numa floresta nativa, fator marcante às árvores (238 e 1312), que permaneceram como banco de plântulas até nove anos de idade, atingindo alturas de dois metros. O recrutamento aconteceu sempre próximo aos anos que ocorreram aberturas no dossel do povoamento de pinus. O estudo da morfometria mostrou que o diâmetro e a altura apresentaram correlação forte e positiva com a área e o comprimento de copa; a altura indicou correlação com a idade e a variável diâmetro. No estudo do crescimento das araucárias na área experimental dois, caracterizada pela manutenção das árvores dominadas após a realização de corte das araucárias dominantes, foram selecionadas seis árvores, duas em cada posição do terreno (posição inferior, média e superior), levando-se em consideração a existência de índices semelhantes de concorrência exercida pelo pinus interplantado. Com os pares de dados da ANATRO, foram feitos estudos do crescimento da altura e do diâmetro em função da idade, definindo-se o modelo de Gram para descrever o crescimento da altura em função da idade e o modelo de Backmann para o diâmetro. A análise do incremento periódico em altura das araucárias dominadas mostrou incrementos ascendentes até o 15 ano. Após, os incrementos foram muito reduzidos por um período de 20 anos, motivado pela concorrência e fechamento do dossel das árvores dominantes. Com a liberação das araucárias dominadas ocorreu a retomada do crescimento em altura, de forma significativa, somente nos últimos quatro anos, quando o incremento percentual em altura passou de 0,5% para 1,9%. O incremento corrente anual médio em diâmetro apresentou a mesma tendência da altura, mas com retomada imediata após a liberação, passando de 0,11cm para 0,23cm sem casca. As árvores amostras apresentavam elevada relação h/d da ordem de 87 e uma reduzida altura de copa =1,70m.

ASSUNTO(S)

concorrência inter-planting crescimento consortium consórcio growth regeneração modelar modeling recursos florestais e engenharia florestal regeneration interplantio competition

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