Crenças de medo e evitação aumentam a percepção de dor e incapacidade em mexicanos com lombalgia crônica

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Reumatol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-08

RESUMO

RESUMO Introdução: As crenças de medo e evitação estão relacionadas com o prognóstico da cronicidade da lombalgia nas fases subagudas; contudo, na dor crônica, não é clara a influência desses fatores. Sugeriu-se que um estudo populacional pode determinar a magnitude da influência da lombalgia sobre a incapacidade e a dor. Atualmente não há informação a esse respeito na população mexicana. Objetivo: Analisar a relação entre as crenças de medo e evitação com a dor e incapacidade em mexicanos com lombalgia crônica; analisar potenciais diferenças entre subgrupos determinados pelo tempo de evolução. Métodos: Estudo transversal em mexicanos com lombalgia crônica entre 18 e 45 anos. Coletaram-se dados sobre características sociodemográficas gerais, tempo de evolução, índice de massa corporal, dor, incapacidade e crenças de medo e evitação. Resultados: Foram estudados 33 homens e 47 mulheres com média de 34,19 ± 7,65 anos. Obtiveram-se escores de crenças de medo e evitação mais elevados em participantes do sexo feminino (47,2 ± 20,99 versus 38,5 ± 9,7; p = 0,05) e solteiros (p = 0,04). Encontrou-se uma correlação positiva entre a incapacidade (r = 0,603, p < 0,001) e a dor (r = 0,234, p = 0,03), com altas pontuações de crenças de medo e evitação. Por meio de modelos lineares generalizados para incapacidade, a pontuação total no questionário de crenças de medo e evitação mostrou um coeficiente beta padronizado de 0,603, p < 0,001 (R2 de 0,656); para a dor, mostrou um coeficiente beta padronizado de 0,29, p = 0,01 (R2 de 0,721). Conclusão: O presente estudo sugere que há uma forte relação entre a intensidade da dor, os escores no FABQ e a incapacidade funcional em mexicanos com lombalgia crônica.

ASSUNTO(S)

crenças de medo e evitação lombalgia crônica incapacidade

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