Crédito às pessoas físicas no Brasil 2000-2005

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O saldo total, e volume em novas concessões, de empréstimos e financiamentos para pessoas físicas vem experimentando um crescimento de forma consistente desde 2000. Há muitos anos não se via um movimento destes no Brasil. O objetivo deste trabalho é entender e buscar explicações prováveis para este comportamento. As modalidades de crédito analisadas foram o cartão de crédito, o empréstimo pessoal, o cheque especial e o crédito direto ao consumidor. O trabalho analisou algumas possíveis motivações que os bancos possuem para racionar crédito, como incerteza em relação ao cenário macroeconômico, política monetária restritiva, maior risco de inadimplência do potencial tomador, entre outras. Verificou-se que os bancos administram de forma ativa os dois lados do balanço, o ativo e o passivo. O trabalho mostra que, muito provavelmente, o aumento de crédito foi devido à necessidade das instituições financeiras em aumentar a sua lucratividade em um cenário de baixa inflação. Ou seja, os bancos precisaram assumir mais risco na alocação do seu ativo buscando uma maior rentabilidade. Desta forma, os bancos optaram em aumentar a oferta de crédito para as pessoas físicas, isto é, de forma pulverizada, objetivando mitigar o risco de perda. Nesta análise foi utilizado como referencial a Teoria da Firma Bancária pós-keynesiana. O trabalho, também, avalia as motivações dos consumidores para aumentar sua demanda por mais crédito. Presume-se que diante de um cenário com estabilidade nos índices de preços, os consumidores conseguem planejar melhor seu consumo. E, neste contexto, o crédito possibilita as pessoas aumentar seu consumo, por exemplo, de bens duráveis por meio de financiamento de longo prazo. As teorias da racionalidade limitada e da escolha intertemporal foram utilizadas como referencial para buscar uma explicação neste aumento da demanda. Considerando um determinado volume na oferta de crédito o trabalho conclui que é muito provável que o valor da taxa de juros explique parcela significativa do crescimento da demanda. O trabalho mostra que o crédito que mais cresce e explica o acentuado crescimento é o crédito consignado, que costuma praticar taxas de juros mais atrativas

ASSUNTO(S)

empréstimo bancário -- brasil interest rates consignado theory of the banking firm intertemporal choice crédito taxas de juros -- brasil credit creditos -- brasil risk teoria da firma bancária taxa de juros economia escolha intertemporal risco

Documentos Relacionados