COVID-19 como gatilho para falência respiratória em pacientes com doenças neuromusculares

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-03

RESUMO

RESUMO Introdução: A azatioprina é um tratamento comum de primeira linha para os transtornos do espectro neuromielite óptica (NMOSD). Objetivo: Este estudo visou determinar a segurança do tratamento a longo prazo (>10 anos) da NMOSD com a azatioprina. Métodos: Foi realizada revisão retrospectiva de todos os prontuários de pacientes que preenchiam critérios de NMOSD de acordo com o “International Consensus Diagnostic Criteria for NMOSD” de 2015 em uso de azatioprina por ao menos 10 anos matriculados no ambulatório de Doenças Desmielinizantes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Resultados: De 375 pacientes avaliados, 19 preencheram critérios de inclusão para análise. A mediana de idade foi de 44 anos (variância=28-61); os pacientes eram predominantemente do sexo feminino (17/19) e AQP4-IgG soropositivos (18/19). A mediana do tempo de duração de doença foi 11,9 anos (variância=10,0-23,8), a mediana da taxa anualizada de surtos pré e pós-tratamento foi de 1 (variância=0,1-2) e 0,1 (variância=0-0,35), p=0,09. Três pacientes (15,7%) apresentaram registro de eventos adversos durante o seguimento: deficiência crônica de vitamina B12, tuberculose pulmonar e câncer de mama. Conclusão: A azatioprina provavelmente pode ser considerada segura para o tratamento a longo prazo (>10 anos) da NMOSD, porém vigilância contínua de neoplasias e infecções é necessária.

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