Cotovelo flutuante em crianças: estudo descritivo de 31 casos atendidos em centro de referência em traumatologia pediátrica
AUTOR(ES)
Malheiros, Dorotea Starling, Bárbara, Gustavo Henrique Silva, Mafalda, Leandro Gonçalves, Madureira Júnior, João Lopo, Braga, Gilberto Ferreira, Terra, Dalton Lopes
FONTE
Revista Brasileira de Ortopedia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-10
RESUMO
OBJETIVO: Realizar análise descritiva de 31 casos de crianças portadoras de cotovelo flutuante atendidas em nosso serviço no período de 1994 a 2009, bem como uma revisão da literatura pertinente ao tema. MÉTODOS: Os dados foram obtidos através da análise de prontuários. Foram consideradas as variáveis: idade, gênero, lado, mecanismo, tipo de fratura, classificação, tratamento e complicações. RESULTADOS: Vinte quatro pacientes (77,4%) eram do gênero masculino e sete (22,6%), do feminino. A média de idade foi de 8,5 (± 3,2) que variaram entre um e 14 anos. Houve predomínio do lado esquerdo (67,7%). O mecanismo de lesão mais comum foi queda de altura (74,2%). Todas as fraturas supracondilianas foram do tipo III de Gartland. A fratura isolada do rádio distal do tipo II de Salter-Harris foi diagnosticada em 22 (71%) pacientes. As fraturas expostas ocorreram em 22 pacientes (71%). A redução incruenta e gesso para fratura fechada do rádio distal foi realizada em dois pacientes (6,45%). O tratamento conservador simultâneo para ambas as fraturas não foi empregado. Dezessete (54,8%) fraturas supracondilianas foram fixadas com fios cruzados a 90° e em 14 (45,16%) utilizou-se um fio intramedular associado a outro introduzido pelo epicôndilo lateral a 45°. Quanto às complicações, houve: consolidação viciosa (10%), lesão nervosa (6%), síndrome compartimental (3%), infecção de trajeto de pinos (16%). Conclusões: Trata-se de uma lesão incomum, na maioria dos casos, decorrente de trauma de alta energia. O tratamento cirúrgico de ambas as fraturas é preconizado pela maioria dos autores. A lesão do nervo ulnar foi relacionada ao método de fixação, não havendo lesão neurológica desencadeada pelo trauma inicial.
ASSUNTO(S)
criança cotovelo fraturas do Úmero antebraço
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