Corticosteroides modulam a liberação de anion superoxido por leucocitos de sangue periferico de crianças e adolescentes atopicos com asma

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Reativos intermediários do oxigênio, particularmente o ânion superóxido (02), estão implicados na injúria oxidativa presente em várias patologias inflamatórias, especialmente a asma. Glicocorticóides são os agentes anti-inflamatórios tratamento da asma crônica. maIs potentes utilizados para o o objetivo deste estudo foi investigar a ação dos corticosteróides sobre a liberação de ânion superóxido por leucócitos de sangue periférico de crianças e adolescentes atópicos com asma. Foram estudados 32 crianças e adolescentes ,com idade entre 6 e 18 anos (média 11.7 :t2.44) e 29 indivíduosadultos sadios. Os pacientes foram classificados de acordo com o grau de obstrução de vias aéreas determinado pelo VEF1: grupo I, VEF1entre 60 e 80% do valor predito (n=19) e grupo II , VEF I :::;;60% (n=13). Amostras de sangue periférico foram collridas dos pacientes em fase de exacerbação da doença e após serem submetidos a tratamento com corticosteróide. Os indivíduos saudáveis foram submetidos a apenas uma coleta de sangue. Para o rápido estabelecimento do estado estável da doença, todos os pacientes receberam prednisona por via oral, 2mg/Kg/dia (máximo de 60 mg/dia) por 7 dias. Após o curso de corticosteróide por via oral foram mantidos com corticosteróide por aerogação por ao menos um mês e no máximo 6 mêses na mínimadose para o controle dos sintomas. Para análise estatística foram utilizados teste de Tukey, Wilcoxon e ANOVA. Foi considerado intervalo de confiança de 95% , P <0,05 para todos os testes. Comparando-se a liberação de O2- por leucócitos de asmáticos e indivíduos sadios observamos que granulócitos de asmáticos do grupo II liberaram quantidade significativamentemaior de O2-.Não foi observada diferença após os asmáticos serem submetidosà corticoterapia. Comparando-se a liberação de O2-por leucócitos do mesmo indivíduo asmático antes e após corticoterapia, observamos que a liberação espontânea de O2-por granulócitos caiu significativamente nos pacientes do grupo I . Houve queda significativa na liberação espontânea de O2-por granulócitos de asmáticos após o uso de corticosteróide por via oral e por aerogação. Todos os pacientes apresentaram aumento significativo nos valores de VEFj após corticoterapia por via oral e por aerogação Nossos resultados demonstram que a liberação de O2- está relacionada com a fase de exacerbação da asma sugerindo seu papel na inflamação. Glicocorticóides inibiram a liberação de O2- de forma significativa nos indivíduos com menor grau de obstrução de vias aéreas sugerindo a persistência da inflamação nos pacientes mais graves. Após corticoterapia, os valores de VEFj se mantiveram abaixo do normal em 54% dos pacientes sugerindo quatro possibilidades: remodelamento de vias aéreas, resistência ao corticosteróide, bronquiolite obliterante ou não adesão ao tratamento. A determinação da liberação de O2-por granulócitos de sangue periférico de asmáticos pode ser utilizada como marcador de inflamaçãoe controle da eficáciada corticoterapia

ASSUNTO(S)

glicocorticoides inflamação radicais livres

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