Correlatos entre o perfil comunicativo e adaptação sócio-comunicativa no espectro autístico

AUTOR(ES)
FONTE

Revista CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/03/2009

RESUMO

OBJETIVO: verificar se há correlações significativas entre os dados referentes ao perfil funcional da comunicação e os dados da adaptação sócio-comunicativa obtidos por meio de entrevistas individuais com os pais e as terapeutas de crianças com Distúrbios do Espectro Autístico. MÉTODOS: foram sujeitos deste estudo 48 crianças, com diagnóstico clínico incluído no espectro autístico com os quais foram coletados os dados para a determinação do perfil funcional da comunicação por meio de situação lúdica, buscando a espontaneidade comunicativa. Participaram ainda, os responsáveis, legais e pelo atendimento fonoaudiológico especializado, das 48 crianças, ou seja, 46 mães e dois pais e 15 terapeutas, respondendo individualmente a um questionário sobre o relacionamento social das crianças citadas. RESULTADOS: pode-se observar que os resultados referentes à adaptação sócio-comunicativa obtida a partir de entrevistas com terapeutas e pais apresentaram correlações significativas com o perfil funcional da comunicação. De forma geral, o estudo das correlações entre os aspectos do perfil comunicativo e da adaptação sócio-comunicativa não apresentou um grande número de correlações, sendo este número ainda menor quando os pais foram os informantes, demonstrando a interdependência das áreas estudas. CONCLUSÃO: uma das maiores evidências deste trabalho é que mesmo que as crianças do espectro autístico apresentem um desenvolvimento deficitário das habilidades de linguagem, cognição e socialização, ainda assim elas são capazes de extrair pistas lingüísticas e não-lingüísticas do meio comunicativo, e utilizá-las de forma contextual em sua vida social, associando-as com os ganhos na linguagem e no desempenho sócio-cognitivo.

ASSUNTO(S)

linguagem infantil socialização comunicação transtorno autístico

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