Correlation between asymptomatic prostatitis with high PSA and protate cancer / Correlação entre prostatite assintomatica com PSA elevado e cancer de prostata

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A prostatite assintomática é definida através da detecção laboratorial do aumento de células inflamatórias em secreções uretrais ou urina após massagem da glândula prostática e também detectada em biópsias. Esta alteração inflamatória é reconhecidamente uma causa de elevação dos níveis do PSA. Devido esta elevação também estar associada ao câncer prostático, desenvolvemos um estudo para avaliar a correlação entre prostatite assintomática com a referida doença maligna. No período de janeiro de 2006 à dezembro de 2007 foram selecionados 200 pacientes com idade variando entre 50 e 75 anos e com PSA maior de 2,5ng/ml e menor de 10ng/ml, para pesquisa de prostatite inflamatória assintomática nessa população. Desses pacientes, 98 (49%) apresentaram diagnóstico de prostatite assintomática inflamatória ou tipo IV através de exames laboratoriais com o teste de Meares-Stamey modificado (1). Em seguida, foram randomizados em 2 grupos: Grupo 1 com 49 pacientes que foram tratados com cloridrato de ciprofloxacin 500mg (antibiótico) 2 vezes ao dia por 4 semanas e grupo 2 com 49 pacientes que usaram placebo da mesma forma. No seguimento, o PSA foi dosado após o tratamento e todos os pacientes foram submetidos à biópsia transrretal da próstata. Foram excluídos do estudo pacientes com idade menor de 50, maior de 75 anos, os que recusaram a biópsia, os que apresentaram PSA maior que 10ng/ml devido à maior incidência de tumor (2) e os pacientes que não aceitaram participar do estudo após a aplicação do termo de consentimento. Como resultados, no grupo 1, dos 49 pacientes que receberam antibiótico, 26 (53,06%) apresentaram diminuição do PSA e desses, 7 (26,9%) foram diagnosticados com câncer de próstata na biópsia. Dos 49 pacientes do grupo 2 que receberam placebo, 29 (59,18%) apresentaram diminuição do PSA, sendo que 9 (31%) tiveram câncer na biópsia. Não houve diferença estatística nos grupos estudados, tanto com relação a diminuição do PSA após o tratamento (53,06% X 59,18%) (p=0,10), quanto a presença de tumor nas biópsias nesses casos (26,9% X 31%) (p=0,06). Embora não demonstrada diferença estatística comparado com placebo, foi observado taxa de 26,9% de câncer de próstata na biópsia dos pacientes que apresentaram diminuição do PSA após uso de antibiótico, os quais provavelmente não seriam diagnosticados. Como conclusão a existência de câncer de próstata em pacientes com prostatite assintomática é aproximadamente um terço, mesmo após a diminuição do PSA com tratamento antibiótico

ASSUNTO(S)

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