Correlação genética entre perímetro escrotal e algumas características reprodutivas na raça Nelore

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2000-12

RESUMO

Dados de perímetro escrotal e de características reprodutivas medidas na fêmea foram analisados com o objetivo de estimar o coeficiente de herdabilidade de cada característica e a correlação genética entre as características. Os dados foram obtidos em 11 fazendas pertencentes a uma mesma empresa, situadas nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Os componentes de variância foram estimados por máxima verossimilhança restrita utilizando modelo animal bi-característica. Para as características com medidas repetidas, foram utilizados dois modelos matemáticos: um incluindo ambiente permanente da vaca e outro não. As análises nas quais o modelo não incluía o ambiente permanente da vaca mostraram as seguintes herdabilidades 0,51; 0,12; 0,17; 0,06; e 0,13 para perímetro escrotal (PE), idade ao primeiro parto (IPP), dias para o parto (DPP), intervalo de partos (IP) e duração da gestação (DG), respectivamente. Nestas análises, as correlações genéticas foram: -0,22 (PE x IPP), -0,04 (PE x DPP), 0,10 (PE x IP) e -0,04 (PE x DG). Quando o ambiente permanente foi incluído no modelo, as herdabilidades de DPP (0,07) e DG (0,06) foram menores, indicando que modelos sem ambiente permanente podem superestimar a variância genética aditiva dessas duas características. Os parâmetros da característica IP não foram, entretanto, alterados pela inclusão do ambiente permanente no modelo. O PE apresentou correlações genéticas favoráveis com IPP, DPP e DG, mas estas foram geralmente de baixa magnitude. Estes resultados permitem a utilização do perímetro escrotal como critério de seleção para melhorar a eficiência reprodutiva das fêmeas.

ASSUNTO(S)

características reprodutivas correlação genética modelo animal perímetro escrotal

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