Correlação entre os índices radiomorfométricos de radiografias panorâmicas e a densidade mineral óssea em mulheres na pós-menopausa

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Os índices radiomorfométricos de radiografias panorâmicas são medidas com potencial para auxiliar na identificação de indivíduos com osteoporose. O objetivo principal foi correlacionar esses índices com as densidades minerais ósseas, obtidas por densitometria óssea da coluna lombar, do colo femoral e do fêmur total. Também foram observadas as correlações entre os índices radiomorfométricos, esses índices e a idade das pacientes e os índices e o número de dentes presentes. Outros objetivos foram a análise das concordâncias intra-observador e interobservador para as medidas e a avaliação da acurácia dos índices e capacidade de predizer os diagnósticos densitométricos de osteoporose e de baixa densidade mineral óssea. Este trabalho avaliou os índices mandibular cortical, visual modificado, mentual, antegoníaco, profundidade antegoníaca, ângulo antegoníaco e ângulo antegoníaco de 351 mulheres na pós-menopausa, com idade acima de 45 anos. Pacientes com erosões acentuadas ou afilamentos na cortical da base da mandíbula apresentaram menores valores de densidades minerais ósseas, com p <0,001. Por outro lado, a presença de espessura normal e ausência de reabsorção corresponderam a maiores valores de densidade mineral óssea, com p <0,001. Foram observadas correlações positivas entre os índices mentual e antegoníaco e as densidades minerais ósseas da coluna lombar, do colo femoral e do fêmur total. Houve correlações negativas entre os índices mentual, antegoníaco e a idade. Foram verificadas ainda, concordâncias intra-observador e interobservador para todos os índices, exceto o índice antegoníaco e a profundidade antegoníaca. Os índices mandibular cortical, visual modificado e mentual demonstraram acurácia para identificar indivíduos com o diagnóstico densitométrico de osteoporose (T-Score -2,5) e de baixa densidade mineral óssea (T-Score -2,0). Em um modelo de regressão logística, verificou-se que o índice mandibular cortical e o índice visual modificado foram os que melhor explicaram o diagnóstico densitométrico de osteoporose e de baixa densidade mineral óssea. Mulheres na pós-menopausa classificadas como C3 pelo índice mandibular cortical possuem razões de chances de 5,16; 3,35 e 4,57 para o diagnóstico densitométrico de osteoporose na coluna lombar e de baixa densidade mineral óssea na coluna lombar e no fêmur proximal, respectivamente. Mulheres na pós-menopausa com cortical avaliada como muito fina no índice visual modificado possuem razões de chances de 15,13; 5,21 e 10,11, respectivamente, para o diagnóstico densitométrico de osteoporose na coluna lombar, no fêmur proximal e para o diagnóstico densitométrico de baixa densidade mineral óssea na coluna lombar.

ASSUNTO(S)

índices radiomorfométricos densidade mineral óssea ciencias da saude radiografia panorâmica osteoporose mulheres na pós-menopausa

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