Correlação entre os achados orofaringolaringoscópicos e a gravidade da síndrome da apneia obstrutiva do sono

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-10

RESUMO

Objetivo: correlacionar alterações anatômicas e funcionais de cavidade oral, faringe e laringe com a gravidade da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). Métodos: estudo transversal com 66 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 21 e 59 anos e queixas de roncos e/ou apneia. Todos passaram por avaliação clínica otorrinolaringológica completa incluindo exame físico, nasolaringofibroscopia epolissonografia noturna. Foram classificados em grupos pelo valor do índice de apneia-hipopneia (IAH), calculadas medidas de associação e analisadas diferenças pelo teste Kruskal-Wallis e do c2. Resultados: todos os pacientes com obesidade tipo 2 avaliados eram portadores de SAOS. Foi observada relação entre a projeção de úvula durante o exame fibronasoendoscopico e a SAOS (OR:4,9; p-valor: 0.008; IC: 1.25-22.9). Além disso, notou-se uma importante força de associação entre o formato circular da faringe e a presença de SAOS moderado ou grave (OR: 9,4, p-valor: 0,002), embora o IC seja amplo (1.80-53.13).O desvio septal e a hipertrofia de concha inferior foram as alterações nasais mais frequentes, porém sem relação com a gravidade. A obstrução nasal foi quatro vezes mais comum nos pacientes sem sonolência diurna. As demais alterações anatômicas craniofaciais não se mostraram preditoras para a ocorrência de SAOS. Conclusão: concluímos que alterações orais, faríngeas e laríngeas participam da fisiopatologia da SAOS. A realização do exame endoscópico é de grande valia para a avaliação destes pacientes.

ASSUNTO(S)

apneia do sono tipo obstrutiva ronco endoscopia polissonografia variação anatômica obstrução das vias respiratórias

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