Correlação entre dor e qualidade de vida de pacientes hemodialíticos

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. dor

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-04

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Avaliar o sintoma da dor e sua influência na qualidade de vida dos pacientes renais crônicos submetidos a tratamento hemodialítico. MÉTODOS: Estudo descritivo, exploratório, comparativo de corte transversal com pareamento por frequência, tendo como grupo testado (GI, n=50) pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico cuja etiologia era hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2, e como grupo controle (GII, n=50) pacientes com hipertensão arterial ou diabetes mellitus tipo 2 atendidos no Ambulatório de Hipertensão. A qualidade de vida foi avaliada pelo instrumento Kidney Disease and Quality-of-Life Short-Form, a dor pelo Inventário Breve de Dor, os fatores emocionais pelas escalas Beck de ansiedade e depressão e a incidência de dor neuropática pelo questionário DN4. RESULTADOS: Na amostra dos dois grupos houve predomínio do gênero masculino, média de idade de 47,3±16,5 anos. Em relação à situação laboral o grupo em tratamento hemodialítico (GI) encontrou uma maioria de 80% de pacientes inativos. Os domínios mais comprometidos da qualidade de vida foram situação de trabalho e função física. Houve prevalência de depressão e ansiedade, maior predomínio de dor neuropática e maior queixa álgica no GI, interferindo significativamente em atividades gerais como sono e habilidade para caminhar. Houve correlação significativa (p<0,05) entre índices de ansiedade, função física, situação de trabalho versus dor. CONCLUSÃO: A dor é um aspecto muitas vezes ignorado, mas que acarreta em consequências significativas na qualidade de vida dos pacientes, contribuindo para um aumento relevante dos sintomas ansiosos ou depressivos. É, portanto, de fundamental importância o atendimento multidisciplinar a estes pacientes.

ASSUNTO(S)

dor crônica insuficiência renal crônica qualidade de vida

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