Correlação entre a espessura do subcampo central, a acuidade visual e mudanças estruturais no edema macular diabético
AUTOR(ES)
Hannouche, Rosana Zacarias, Ávila, Marcos Pereira de, Isaac, David Leonardo Cruvinel, Silva, Rodrigo Salustiano Corrêa e, Rassi, Alan Ricardo
FONTE
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-06
RESUMO
OBJETIVO: Correlacionar a espessura do subcampo central (ESCC) medida pelo CirrusTM SD-OCT com a acuidade visual (AV) e as mudanças estruturais no edema macular diabético (EMD). MÉTODOS: Um estudo transversal avaliou 200 pacientes com retinopatia diabética não proliferativa (RDNP) e selecionados 55 olhos com EMD entre janeiro de 2010 e abril de 2011. OCT spectral foi realizado em pacientes com diabetes tipo 2 e com edema macular diabético (EMD). A ESCC e a AV foram correlacionados com a morfologia do edema e a integridade da membrana limitante externa (MLE). Aplicaram-se testes estatísticos para validação dos resultados. RESULTADOS: Não houve diferença entre os sexos na classificação RDNP. 47,3% dos pacientes apresentou RDNP moderada. A média da ESCC no sexo masculino foi de 393,58 µm e no feminino de 434,16 µm, sem diferença estatística significativa. Pacientes com MLE íntegra apresentaram menor média da ESCC (368,73 µm) que aqueles com MLE descontínua (521,43 µm). Encontrou-se forte correlação entre o volume macular e a ESCC (59,63%), porém pequena correlação entre a idade e a ESCC (2,9%). Encontrou-se diferença significativa entre a média da ESCC e o tipo de edema macular, aqueles com descolamento seroso apresentaram maior média de ESCC (488,71 µm). Pacientes com RDNP grave apresentaram maior média da ESCC (491,45 µm), quando comparados à RDNP leve e moderada. O edema macular cistoide foi o tipo de edema mais frequente (49,1%) e apresentou pior AV. Pacientes com MLE íntegra apresentaram melhor AV. Pacientes com maior ESCC apresentaram pior AV. Houve diferença significativa entre a média da ESCC do grupo de casos (407,60 ± 113,05 µm) e controle (diabéticos sem edema macular: 252,0 ± 12,46 µm). Também houve diferença significativa nas variáveis AV e volume macular entre o grupo de casos e controle. CONCLUSÃO: O estudo sugere que a ESCC de diabéticos com edema é maior que o grupo controle; o aumento da ESCC de diabéticos com edema cursa com piora da AV e do volume macular. MLE contínua mostrou menor média da ESCC e o descolamento seroso mostrou maior média da ESCC. CirrusTM mostrou ser importante ferramenta na avaliação do EMD.
ASSUNTO(S)
retinopatia diabética edema macular tomografia de coerência óptica
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