Correlação do perfil biofisico fetal com gasometria de sangue de cordão umbilical

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

INTRODUÇÃO: A gasometria é o melhor método de avaliação do bem-estar fetal, entretanto, tem seus riscos como método invasivo e a dificuldade de obtenção de sangue fetal. Com o advento da ultrassonografia abriu-se uma janela não invasiva para a monitorização fetal. Diversos métodos de estudo foram criados e tem sido utilizado para este fim. O perfil biofísico fetal (PBF) idealizado por Manning nos anos 80 é um destes métodos. A associação dos dois métodos na avaliação de fetos de pacientes com gravidezes em diversas idades gestacionais que serão submetidas à cesariana eletiva tem a função de verificar se o escore normal e alterado do PBF antenatal imediata tem boa correspondência com a gasometria fetal. OBJETIVO: Verificar a associação da pontuação do Perfil Biofísico Fetal com os valores gasométricos obtidos no sangue de veia umbilical no momento do parto operatório iterativo. PACIENTES E MÉTODOS: No período de janeiro de 1996 até novembro de 1998 foram seguidas no HC/UFMG 104 gravidezes simples com algum risco para o sofrimento fetal crônico, como síndromes hipertensivas; oligohidrâmnio e CIUR sem diagnóstico prévio. As pacientes tinha entre 18 e 43 anos, e a idade gestacional (confirmada por ultrassonografia precoce) variava entre 28 e 41 semanas. O perfil biofísico fetal era obtido até um máximo de 4 horas antes do procedimento cirúrgico, pelo mesmo observador e a cardiotocografia era realizada logo após o exame ultrassonográfico. Após o nascimento o sangue fetal obtido era enviado para análise no próprio hospital. Para avaliarmos o resultado utilizamos o teste do Qui-quadrado e nos casos indicados o teste exato de Fisher. Utilizamos o programa EPI-INFO versão 1996, considerando-se significativo a obtenção de um valor de p <0,05, para o estudo estatístico. RESULTADOS: em nosso estudo encontramos 42,31% dos casos com alteração do escore de PBF. Encontramos associação entre PBF com valor igual ou menor que 6 e pH menor 7,20 valor de p= 0,004; pCO2 maior ou igual 40 mmHg (p= 0,01); e excesso de base (BE) maior ou igual a 12 (valor de p = 0,02); entretanto não encontramos associação entre diminuição de escore e pO2 (p = 0,27). CONCLUSÃO: c O Perfil Biofísico Fetal (PBF), quando apresenta uma pontuação de escore normal valore de 8 e 10), nos mostram um feto em ausência de acidose, seja ela metabólica ou respiratória; O PBF quando apresenta uma pontuação do escore alterado (valores de 0; 2; 4 ou 6); revela-nos fetos acidóticos e hipercapnêmicos (pH menor 7,20; pCO2 maior que 40 mmHg e BE -12). Um grupo de fetos pode apresentar um escore de PBF alterado, embora exibindo normoxia, entretanto mostra-nos também que os outros parâmetros gasométricos estão alterados; Pela óptica da gasometria fetal o PBF tem significativa correlação com a boa vitalidade do concepto.

ASSUNTO(S)

monitorização fetal decs parto decs cesárea decs ginecologia teses. sofrimento fetal decs dissertações acadêmicas decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg. gasometria decs desenvolvimento embrionário e fetal decs

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