Corpo de Afetos: entre o apego emocional e o movimento dançado
AUTOR(ES)
Teixeira, Cecília de Lima; Tavares, Gilead Marchezi
FONTE
Fractal, Rev. Psicol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-04
RESUMO
Resumo O afeto é experienciado pelo bailarino em um nível energético básico: uma necessidade de respirar - inspirar o mundo no corpo e expirar o corpo no mundo. Neste movimento de afeto, o bailarino experiencia um processo de transformação corporal como necessidade vital. Este estudo confronta a percepção sensório-somática do afeto como força de movimento experienciada pela prática da dança, com o afeto compreendido como vínculo emocional entre indivíduos estudado por um campo da psicologia do desenvolvimento. Atribuindo voz ao conhecimento da dança e usando a teoria de Metáforas Cognitivas de Lakoff e Johnson, procura-se aprofundar a origem do sentido de afeto e compreender como ocorre a sua transferência de sentido entre a dança e a psicologia. Em ambos campos, o afeto revela-se como força de sobrevivência, porém, a dança compreende o afeto no nível pré-pessoal, como força da relação corpo-mundo, enquanto uma parte da psicologia do desenvolvimento entende o afeto no nível de necessidades de um corpo já subjetivado.
Documentos Relacionados
- De afins e afetos: conjugalidades, parentalidades e novas identidades
- Romance de primas com primas e o problema dos afetos: parentesco e micropolítica de relacionamentos entre interlocutores tikuna, sudoeste amazônico
- A política e os afetos: a concepção espinosana
- Limites, traduções e afetos: profissionais de saúde em contextos indígenas
- Crise dos afetos: intimidade e cotidiano no cinema e na televisão